O técnico volta no sábado a disputar, pela primeira vez, um encontro da prova ‘rainha’ do futebol português, no terreno do Paredes, do Campeonato de Portugal, e garantiu que as emoções do último desafio na prova só lhe virão à memória se voltar a chegar à final.
“Recordar isso, só se chegar à final, não sei se é no Jamor, aí sou capaz de me lembrar da última tristeza, da última final que tive no Jamor. Nunca mais quero recordar-me dela na minha história como treinador de futebol. Nunca mais. Não por ter perdido, mas por tudo o que se passou antes”, observou o antigo treinador dos ‘leões’.
Em 2018, Jesus disputou a final da Taça de Portugal pelo Sporting, na última época que esteve ao serviço do rival das ‘águias’, e saiu derrotado pelo Desportivo das Aves, por 2-1, poucos dias após mais de 40 adeptos do Sporting terem invadido a academia de Alcochete e agredido o técnico e vários jogadores do clube.
Uma das vítimas da invasão, e que também participou nessa final, foi o médio William Carvalho, que mereceu hoje elogios de Jorge Jesus, quando questionado sobre se seria um jogador que poderia solucionar muitos dos problemas que o Benfica tem sentido esta época e se gostaria de voltar a contar com ele, agora nos ‘encarnados’.
“O William [Carvalho] é um jogador de seleção, trabalhou comigo alguns anos. Todos os grandes jogadores, eu, como treinador do Benfica, gosto deles, mas não quer dizer que uma coisa traga a outra. Também temos vários jogadores dessa posição que nos dão a segurança necessária, mas não tenho problema de identificar que o William é um excelente jogador”, elogiou o técnico.
Apontando o foco novamente para os seus jogadores, Jesus assumiu que “não houve tempo” para trabalhar os problemas defensivos identificados nos últimos jogos, uma vez que muitos jogadores estiveram ausentes ao serviço das seleções, especialmente os dois defesas centrais, Otamendi e Vertonghen.
Ainda sobre o seu grupo de trabalho e o efeito que a ‘data FIFA’ teve sobre os jogadores, o técnico garantiu que, do lote de jogadores que estiveram 10 dias fora, nenhum vai a jogo no sábado, frente ao Paredes.
“Trabalhámos durante 10 dias com os que estavam cá, para este jogo, e achámos que estes dão toda a segurança e confiança para fazer este jogo”, justificou Jorge Jesus.
Sobre a equipa do Paredes, Jesus lembrou que “luta para subir de divisão” e considerou que se equivale às formações da II Liga, mas reconheceu que é normal que os seus jogadores, na véspera do encontro, já estejam ”a sonhar com o Benfica”.
“Isso faz parte da paixão do futebol e da motivação dos jogadores do Paredes e de toda a sua estrutura. Isto é uma festa, só não é total porque não tem público. E o futebol, sem público, não digo que não é nada, mas não tenham dúvidas que tudo é diferente”, concluiu.
O Benfica inicia no sábado, às 21:15, a participação na Taça de Portugal, deslocando-se ao terreno do Paredes, terceiro classificado da Série C do Campeonato de Portugal, o terceiro nível competitivo do país.
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