"Uma audiência será realizada esta noite, às 20h45 locais com o juiz Anthony Kelly", disse um porta-voz do tribunal em comunicado.
O visto foi cancelado pelo governo nesta sexta, na sua batalha para deportar Djokovic por não estar vacinado contra a covid-19 e por, no entender do governo australiano, representar um perigo de saúde pública.
Em um comunicado, o ministro da Imigração, Alex Hawke, disse ter tomado esta decisão por motivos de "saúde e ordem pública". Este cancelamento implica que Djokovic pode ter a sua entrada proibida no país por três anos, exceto sob certas circunstâncias.
De acordo com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, o objetivo é proteger o resultado dos sacrifícios feitos pelos cidadãos do seu país contra o coronavírus.
"Os australianos fizeram muitos sacrifícios durante esta pandemia e esperam, como é lógico, que o resultado desses sacrifícios seja protegido", afirmou Morrison em nota divulgada hoje.
Djokovic chegou a Melbourne a 5 de janeiro com uma isenção médica que lhe permitiria jogar no Open da Austrália, primeiro ‘major’ de 2022, sem ser vacinado contra a covid-19, mas o visto foi posteriormente cancelado pelas autoridades alfandegárias.
O sérvio ficou detido até uma decisão judicial na segunda-feira ordenar a sua libertação - emitida pelo mesmo juiz que hoje promove a audiência -, mas o Governo australiano voltou a cancelar o visto.
Djokovic, que pretendia atingir o recorde de 21 títulos em torneios de Grand Slam caso ganhasse o Open da Austrália, admitiu esta semana ter prestado falsas declarações à entrada da Austrália.
Para além de erros e inconsistências na declaração de Djokovic para entrar na Austrália, soma-se a violação das diretrizes de isolamento face à pandemia de covid-19 na Sérvia.
Djokovic tinha declarado que não tinha viajado nos 14 dias anteriores, mas na realidade tinha viajado da Sérvia para Espanha, enquanto no seu país natal deu uma entrevista a um meio de comunicação social francês sabendo que testara positivo ao coronavírus.
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