Os ‘dragões' precisam de anular uma desvantagem de dois golos, trazida do primeiro jogo com os ingleses, mas, apesar dessa necessidade para seguirem em frente na competição, o técnico admite algumas cautelas na forma de encarar este duelo.

"Neste tipo de jogos, ir com muita ‘sede ao pote' pode ser prejudicial. É preciso marcar, mas também não sofrer", alertou Sérgio Conceição.

Analisando a componente estratégia para este desafio, o treinador ‘portista’ lembrou que "não é com muitos avançados que se ataca melhor nem com mais defesas que se defende melhor", vincando que o controlo emocional será fundamental.

"Temos de ser equilibrados nos diferentes momentos do jogo para não sermos surpreendidos. A ansiedade será prejudicial. É muito importante pensar naquilo que se vai fazer para alcançar o resultado final, mas não entrar com o resultado final na cabeça", partilhou Sérgio Conceição.

O técnico dos ‘azuis e brancos' disse não ter uma "bola mágica" para antecipar a postura do Chelsea para este desafio, depois de ter ganho a primeira metade da eliminatória por 2-0, preferindo, por isso, concentrar as atenções na sua equipa.

"Analisámos a dinâmica do adversário e aquilo que podemos ou não fazer melhor. Temos de perceber que fragilidades podemos explorar e trabalhar e melhorar aquilo que já foi uma boa prestação da equipa", disse.

Sérgio Conceição confessou uma forte ambição em vencer este desafio e seguir em frente na competição, de forma a dar sequência à carreira da equipa nos últimos anos nesta Liga dos Campeões, mesmo lembrando a diferença de argumentos dos clubes nacionais para os emblemas das cinco principais ligas europeias.

"Ninguém quer ganhar tanto este jogo como eu, mas não podemos apagar de todo o trajeto que temos feito na Liga dos Campeões. Estamos em Portugal, gastamos o que gastamos, com dificuldades. É uma diferença brutal em relação aos outros. Mas estamos aqui prontos para ir à luta e dar luta", garantiu.

Ainda no âmbito do desequilíbrio financeiro, nomeadamente entre a sua equipa e o Chelsea, Sérgio Conceição lembrou que "há jogadores que, sozinhos, custaram mais do que o valor que o FC Porto gastou no mercado", mas vincou que no futebol nem sempre isso conta.

"Os orçamentos e estatísticas nem sempre ganham jogos. E contra mim falo. No último jogo, com o Chelsea, ganhámos a nível estatístico e perdemos por 2-0. Temos de acreditar, ser resilientes, e perceber que todas as dificuldades que possamos ter pela frente podem ser ultrapassadas com espírito forte", analisou.

Para este segundo desafio com o conjunto britânico, Sérgio Conceição volta a ter nas opções Taremi e Sérgio Oliveira, que regressam de castigo, embora ainda não haja certeza se o médio estará apto, devido a problemas físicos.

"Ainda vamos ver. No último jogo [com o Tondela], achei que não estava pronto para os 90 minutos. Foi um problema muscular que é sempre perigoso. Estamos num momento importante da época. Temos a ‘Champions' e o campeonato para disputar, com jogos muito exigentes", partilhou o treinador do FC Porto.

Na comitiva que segue para Sevilha, que pela segunda vez será o palco da eliminatória, Sérgio Conceição incorporou todos os jogadores do plantel, com exceção do guarda-redes Diogo Costa, que ainda recupera de covid-19.

O FC Porto, na condição de visitante, joga esta terça-feira, na cidade espanhola de Sevilha, com os ingleses do Chelsea, na segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, numa partida agendada para as 20:00, que terá arbitragem de Clément Turpin, de França.

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