Liliana Cá, quinta nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, conseguiu na quarta-feira o seu melhor arremesso do ano, na quinta tentativa da final, atrás da neerlandesa Jorinde van Kinken (64,97) e da alemã Claudine Vita (64,24), quarta e quinta classificadas, respetivamente.

“Eu sinto que podia ter chegado ao quarto lugar, mas custa-me mais a funcionar, a ser reativa, ao sol. No inverno sinto-me melhor, mas, para o que fazia antes, acho que estou a fazer uma excelente época de verão”, explicou a lançadora natural do Barreiro, de 35 anos.

A recordista nacional do disco, com 66,40, igualou em Eugene, nos Estados Unidos, o melhor resultado nacional de sempre no disco, que estava na posse de Teresa Machado, com o sexto posto alcançado em Atenas1997.

“Correu bem, correu muitíssimo bem, se calhar melhor do que eu estava à espera, porque depois da qualificação tive dores e tive de ficar um dia inteiro em recuperação, para chegar bem à final e, graças a Deus, correu tudo bem”, referiu a portuguesa, que tinha assegurado a presença na final com a 11.ª marca da qualificação, sendo a terceira repescada, com 61,41.

Em Eugene2022, Cá, que lamentou o ‘jet lag’ sentido com a viagem desde Oran, na Argélia, onde conquistou a medalha de prata nos Jogos do Mediterrâneo, iniciou o concurso com 53,24 metros, melhorando para 63,64, assegurando os últimos três lançamentos — então com já com o sexto lugar –, conseguindo os 63,99, antes de fechar com 61,99 e um nulo.

A chinesa Bin Feng sagrou-se campeã do mundo, com 69,12, logo no primeiro lançamento, surpreendendo a croata Sandra Perkovic, campeã olímpica em Londres2012 e no Rio2016, e a norte-americana Valarie Allman, medalha de ouro em Tóquio2020, que terminaram na segunda e terceira posições, com 68,45 e 68,30, respetivamente.

A cubana Yamé Pérez, detentora do título mundial, não foi além do sétimo posto, com 63,07.