Autores de um trajeto sensacional, com 27 vitórias em 29 encontros, os comandados do alemão Jürgen Klopp estão com ‘mão e meia’ no troféu, face aos ‘imensos’ 25 pontos de vantagem sobre o bicampeão em título Manchester City, que tem um jogo em atraso.
Depois de uma paragem de três meses e oito dias devido à pandemia da covid-19, a prova regressa na quarta-feira e todas as atenções estão centradas no Liverpool, que, com a ajuda do City, até se pode sagrar campeão já no domingo.
Se o conjunto orientado pelo catalão Pep Guardiola ‘tombar’ na receção ao Arsenal, no dia 1 da retoma, os ‘reds’ poderão fazer a festa, quatro dias volvidos, na casa do vizinho e rival citadino Everton, à porta fechada, em embate da 30.ª jornada.
A data da celebração, que não será a merecida devido às restrições impostas pela covid-19, ainda não é certa, mas será sempre uma questão de tempo, saber não ‘se’, mas quando, já que os ‘reds’ só precisam de seis pontos – seriam, provavelmente, campeões com os atuais 82 - e ainda têm 27 à disposição.
Mais do que vencer a prova e somar o 19.º cetro, a um dos 20 do Manchester United - que não ganha desde o ‘adeus’ de ‘Sir’ Alex Ferguson, em 2012/13 -, o Liverpool pode tornar-se o campeão com mais pontos na história da prova.
O recorde de 100 pontos do ‘onze’ de Guardiola, em 2017/18, está ao alcance do conjunto Klopp, que só necessita de 19, o que significa que pode ceder nove, depois de nas primeiras 29 rondas apenas ter perdido cinco.
A igualdade a um golo no reduto do Manchester United, à nona jornada, e o ‘escandaloso’ desaire por 3-0 na casa do Norwich, à 28.ª, a penúltima antes da paragem, são as únicas ‘manchas’ no impressionante trajeto dos ‘reds’.
Desta forma, tudo aponta para uma época histórica para o conjunto da cidade dos Beatles, que, imediatamente antes do ‘aparecimento’ da covid-19, ficou fora do ‘Champions’, inesperadamente afastado pelo Atlético de Madrid (2-3 em casa, após prolongamento, depois de 0-1 na capital espanhola).
Pelo contrário, o ‘onze’ de Bernardo Silva e João Cancelo está perto dos ‘quartos’ da Liga dos Campeões (2-1 no reduto do Real Madrid na primeira mão dos ‘oitavos’), que nunca ganhou, e já mais do que conformado de que não chegará a um inédito ‘tri’.
Os ‘citizens’ ainda não têm o segundo posto garantido, pois o surpreendente Leicester, de Ricardo Pereira, está apenas a quatro pontos (57 contra 53), mas um lugar na ‘Champions’ está bem encaminhado, com o Chelsea a nove.
A grande luta será pelo quarto lugar, nomeadamente entre os ‘blues’ (48 pontos), o Manchester United (45), de Bruno Fernandes e Diogo Dalot, e o Wolverhampton (43), de Nuno Espírito Santo, Rui Patrício, Rúben Vinagre, Rúben Neves, João Moutinho, Bruno Jordão, Daniel Podence, Pedro Neto e Diogo Jota.
Mais abaixo, mas ainda na corrida, que envolve a luta pela Liga Europa, também estão Sheffield United (43 pontos e menos um jogo), o Tottenham (41), de José Mourinho e Gelson Fernandes, e o Arsenal (40 e menos um jogo), de Cédric.
Burnley e Cristal Palace, ambos com 39 pontos, Everton, com 37, Newcastle, com 35, e Southampton, com 34, estão por perto, mas, com ‘demasiados’ adversários à frente, tratarão, sobretudo, colocarem-se a salvo de quem vem atrás.
Quanto à luta pela manutenção, Bournemouth (27 pontos), Aston Villa (25 e menos um jogo) e Norwich (21) estão nos lugares de queda para o ‘Championship’, mas próximos de Brighton (29) e West Ham e Watford (ambos com 27).
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