Em declarações prestadas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, depois de regressar de uma viagem ao Kuwait e aos Emirados Árabes Unidos para contactos com potenciais investidores para o clube caso vença as eleições de 4 de março, o gestor adiantou ainda que o técnico não deverá ser anunciado no debate de quinta-feira com o atual presidente Bruno de Carvalho.

"Também hoje avançámos na questão da equipa técnica. O que mais me perguntam é quem é o novo treinador. Há uma grande ânsia à volta desse nome e eu não irei desiludir os sportinguistas. Antes pelo contrário, irei surpreendê-los", afirmou o candidato, sublinhando que "a altura certa" para a oficialização será antes do ato eleitoral, para "não ser acusado de desestabilizar a equipa".

Paralelamente, o candidato assumiu existirem conversações com outro dos treinadores por si referenciados para o clube: "Tenho o número um, com quem ainda não chegámos a um acordo final, e comecei a falar também com o número dois, mas, entretanto, o número um ligou-me a dizer que quer falar comigo e, portanto, acho que vamos conseguir."

Kuwait, a terra das oportunidades

Já em relação aos contactos estabelecidos com potenciais investidores árabes para o 'naming' do Estádio José Alvalade e da Academia de Alcochete, Pedro Madeira Rodrigues fez "um balanço muito positivo" da viagem e lembrou que estas questões já figuravam no programa eleitoral de Bruno de Carvalho em 2013.

"Percebi que há aqui uma grande oportunidade num país pouco explorado, o Kuwait, onde conhecem bem o futebol, o Sporting, nomeadamente a nossa Academia. Depois, nos Emirados, foi mais a questão do patrocínio para o estádio. Algumas empresas estão já a manifestar interesse, mas obviamente só posso concretizar depois como presidente do Sporting", frisou.

Com Bruno de Carvalho "perdemos 25 por cento do capital da SAD"

O gestor, de 45 anos, refutou ainda as acusações de andar a vender o clube ou de poder colocar em causa a maioria do clube no capital da SAD 'leonina'.

"Desde que Bruno de Carvalho entrou e até sair nós perdemos 25 por cento do capital da SAD. Faz parte da reestruturação financeira que vinha de trás e não é só culpa dele. Além disso, há a questão das VMOC [Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis], que teremos de recuperar para manter a maioria do capital, que é um objetivo meu e uma garantia minha".

Por fim, o candidato à presidência do Sporting manifestou a sua confiança no triunfo nas eleições, apostando nos votos da "maioria silenciosa". "Com ele não vamos a lado nenhum. Quero ganhar de forma muito convincente. O atual presidente disse que era importante que houvesse alguém que ganhasse de forma esmagadora e a única pessoa que o pode fazer sou eu", sentenciou.

O gestor Pedro Madeira Rodrigues e o atual presidente do clube, Bruno de Carvalho, são os únicos candidatos à presidência do Sporting, cujas eleições para os órgãos sociais se realizam no próximo dia 4 de março.