“O futebol não é apenas um desporto disputado no relvado. É um fenómeno sem igual em Portugal e a abertura gradual aos adeptos pode contribuir, de forma importante, para retirar a carga negativa imposta pelo período de confinamento e pode ser um ‘input’ positivo para o bem-estar mental de todos”, destaca a nota, que faz um “apelo” ao primeiro-ministro, António Costa, para que o futebol siga o mesmo rumo e tenha o “mesmo tratamento” que a cultura, transportes, ensino e comércio, na sequência da pandemia de covid-19.

O comunicado exibe também uma carta enviada à Direção-Geral da Saúde (DGS), em 26 de maio, “com conhecimento” do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, que foi também mandada à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

“Acreditamos que era um fator determinante no normal desenrolar de uma competição profissional. (...) Acreditamos que as pessoas fazem parte integrante do futebol e, por isso, o regresso aos relvados deve acontecer com alguns adeptos nas bancadas. (...) Propomos que os adeptos possam terminar a época nos estádios, cumprindo um conjunto de medidas pensadas e preparadas”, refere a carta, assinada pelo presidente do clube madeirense, Carlos Pereira.

A proposta é de até um terço da lotação do Estádio do Marítimo, que ronda os 10.000 espetadores, “com marcação prévia de lugares”, com “perímetro de vedação” aos que não têm bilhete na porta de entrada, aberta duas horas antes do jogo, havendo “medição de temperatura” e distribuição de máscaras, viseiras e gel desinfetante para todos os que entrem nas bancadas.

Um esquema do estádio é também apresentado, com um “sistema de rotação entre sócios com lugar garantido”.

“Caso não seja autorizada a sua entrada, descartamos responsabilidades e qualquer pedido de restituição financeira”, acrescenta.

O Marítimo, 15.º classificado, com 24 pontos, recebe o Vitória de Setúbal, 12.º, com 28, quinta-feira, às 18:00, com arbitragem de Manuel Oliveira, da Associação de Futebol do Porto.

A I Liga vai ser reatada sob fortes restrições e sem público nos estádios na quarta-feira, com o encontro entre Portimonense e Gil Vicente, naquele que vai ser o primeiro dos 90 jogos das últimas 10 jornadas, até 26 de julho.

Após 24 jornadas, o FC Porto lidera a competição, com 60 pontos, mais um do que o campeão Benfica.

Além do principal escalão, também a final da Taça de Portugal, entre Benfica e FC Porto, integra o plano de desconfinamento face à pandemia de covid-19, ainda em data e local a designar.

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