Na ‘mira’ para a prova, agendada para 08 de maio, está, sobretudo, o recorde feminino para provas com partidas separadas, depois de no ano passado Jacob Kiplimo ter fixado o máximo masculino em 57.31 minutos.

Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, admitiu que “logo após a conquista do recorde do mundo, em masculinos, no ano passado” a conquista do “recorde feminino passou a ser uma ambição”.

“Temos um bónus de 50.000 euros para trazer o recorde do mundo feminino, em partidas separadas, para Portugal. Esse recorde está fixado em 1:05.16 horas [Peres Jepchirchir (Quénia)]. E, naturalmente, o mesmo valor caso algum atleta masculino supere o tempo de Jacob Kiplimo (57:31) do ano passado. Não há impossíveis”, disse Carlos Móia.

O presidente do Maratona explicou que o recorde que quer ver cair em Lisboa é o da prova com partidas separadas e não o máximo de 1:02.52 horas, que pertence à etíope Letesenbet Gidey, mas que foi estabelecido numa prova com partida conjunta de masculinos e femininos.

A prova, adiada de março para maio devido à pandemia de covid-19, conta com uma elite “de luxo”, na qual se destaca o pelotão feminino, com destaque para a queniana Brigid Kosgei, detentora da melhor marca de sempre da maratona, e vencedora da maratona de Tóquio, este ano.

Kosgei terá a seu lado a etíope Tsehay Gemechu, a detentora do recorde da prova (1:06.66), alcançado no ano passado.

A prova feminina contará ainda com as etíopes Gotytom Gebreselassie (1:05.36) e Bosena Mulatie (1:05.43) e a israelita Lonah Salpeter (1:06.09).

Na prova masculina, para tentar fazer cair o recorde mundial de Jacob Kiplimo (57.31) apresentam-se 11 atletas com marcas abaixo da hora, com destaque para Kenneth Kiprop Renju (58.35), Abraham Cheroben (58.40), Kevin Kiptum (58.42) e Jorum Okombo (58.48).

Entre a elite portuguesa, participarão na prova nomes como Hermano Ferreira, melhor português em 2021, Luís Saraiva, Rafaela Almeida, Sara Moreira e Solange Jesus, em femininos.

A meia maratona contará com a presença de Eric Domingo Roldan, um maratonista amador espanhol que corre a empurrar uma cadeira de rodas com a mãe, que tem esclerose múltipla, e que no ano passado bateu o recorde do mundo da maratona (2:53.28) dessa categoria, marca que consta no Guinness Book.

No mesmo dia, realiza-se uma prova de 10 quilómetros, também com partida na Ponte 25 de Abril e com um percurso semelhante ao da meia maratona, de caráter mais lúdico e que garante a participação de milhares de participantes.

Numa vertente lúdica e solidária, o Maratona, através de uma parceria com a Fundação Benfica, apelou a uma participação massiva no “Mimosa Passeio da Família”, com um percurso de quatro quilómetros, agendado para sete de maio, que será animado por um momento musical com Carolina Deslandes.