"Como assinala literalmente a cláusula do contrato assinado entre clube e jogador, esta indemnização (os 700 milhões da cláusula de rescisão) não se aplicarão quando a resolução do contrato por decisão unilateral do jogador tenha efeitos a partir da finalização da temporada desportiva 2019/20", pode ler-se na carta do emissário do argentino, dirigida ao presidente da Liga, Javier Tebas.

Entretanto, a Liga já respondeu, numa nota em que rejeita a "interpretação descontextualizada e distante da literalidade do contrato", reiterando o que já tinha dito no domingo.

A Liga tinha-se pronunciado a favor dos catalães no impasse entre o ‘astro' e o ‘Barça', que argumenta que, para acontecer a custo zero, a saída tinha de ser comunicada antes de 10 de junho, o que não aconteceu.

Reforçando que há um "erro evidente" de entendimento da parte de ‘La Liga', o pai de Messi, em Barcelona desde quarta-feira para tentar desbloquear o futuro do filho, aponta ainda o dedo ao organismo por omitir "outros direitos que são reconhecidos no contrato".

Messi, representado pela firma de advogados Cuatrecasas, considera ainda que a Liga espanhola é "obviamente parcial", por representar "os direitos dos seus associados, os clubes", e ironiza com o facto de "desconhecer qual o contrato que analisaram".

Em comunicado publicado no domingo, a Liga tinha afirmado que a cláusula dos 700 milhões de euros se encontrava "atualmente vigente", pelo que não daria visto prévio de baixa federativa ao jogador, permitindo-o ingressar noutro clube, sem o pagamento dessa verba.

O jogador de 33 anos, que marcou 634 golos, em 731 jogos, e ganhou 34 títulos pelos ‘culés', falhou o regresso aos treinos e também a bateria de testes à covid-19.

O impasse entre o vencedor de seis Bolas de Ouro e o FC Barcelona continua, numa batalha legal que diz respeito a uma cláusula no contrato do avançado que permitiria sair sem acionar o valor de rescisão de 700 milhões de euros, algo que é disputado por clube e pela Liga espanhola.