As promoções à classe rainha (MotoGP) do italiano Franco Morbidelli e do suíço Thomas Lüthi, campeão e vice-campeão da categoria intermédia no ano passado, deixaram o caminho aberto a Miguel Oliveira, que terminou o Mundial de 2017 destacado no terceiro lugar.
“Sinto-me bastante bem. Ligeiramente melhor do que há um ano para iniciar o campeonato, bem preparado e com muita ambição e expectativa em poder fazer um bom resultado”, disse o piloto natural de Almada, de 23 anos, à agência Lusa.
Em 2015, Miguel Oliveira falhou por muito pouco o título de Moto3, terminando o campeonato a apenas seis pontos do campeão Danny Kent, apresentando resultados únicos para um piloto português (‘pole positions’, voltas mais rápidas, pódios e vitórias em corrida, tanto em Moto3, como em Moto2).
Apesar disso, a próxima temporada assume um caráter quase decisivo para as aspirações de se juntar aos melhores pilotos do mundo na categoria principal, porque vai entrar no terceiro ano em Moto2 e parte da ‘pole’ em matéria de favoritismo.
“Temos uma grande moto para poder lutar por bons resultados. Não vai ser tarefa fácil, mas estamos motivados e vamos dar o nosso melhor para fazer o melhor resultado que estiver ao nosso alcance”, assinalou.
A ‘aceleração’ na reta final da época passada, com vitórias nas três últimas corridas (Austrália, Malásia e Comunidade Valenciana), permitiu-lhe distanciar-se no terceiro lugar do Mundial e deixou bons indicadores para arranque do campeonato deste ano, no Qatar.
“O objetivo é arrecadar o maior número de pontos possível logo nesta primeira prova. Tentar fugir ao máximo a confusões, fazer uma corrida sólida, um resultado positivo, para continuar o bom trabalho que temos vindo a fazer nos teste de inverno”, observou.
Entre os principais adversários de Miguel Oliveira estão os dois pilotos da equipa de ‘Sito’ Pons, ex-campeão mundial de 250cc: o espanhol Héctor Barberá, que fez o trajeto inverso ao habitual, trocando a MotoGP pela Moto2, e o italiano Lorenzo Baldasarri, ambos em Kalex.
Também em Kalex, o espanhol Jorge Navarro pode intrometer-se na luta pelo título mundial, depois de um ano de adaptação à categoria, período pelo qual deverá passar o compatriota Joan Mir, igualmente em Kalex, que dominou de forma incontestada o campeonato de Moto3 em 2017.
O campeonato do mundo de motociclismo de velocidade de Moto2 de 2018 disputa-se ao longo de oito meses exatos, entre 18 de março e 18 de novembro, sendo composto 19 Grandes Prémios, 12 dos quais na Europa e um em estreia absoluta, na Tailândia.
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