“O movimento ‘Sem Adeptos Não Há Futebol’ não reclama para os adeptos de futebol qualquer tipo de discriminação positiva, mas não se calará enquanto os adeptos de futebol continuarem a ser discriminados em relação a adeptos de outros desportos, atividades culturais ou formas de lazer”, afirmou Paulo Lopo, um dos promotores da iniciativa, em comunicado.
O Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, que vai ser disputado entre sexta-feira e domingo, vai ter uma lotação máxima de 27.500 espetadores, de acordo com o despacho governamental hoje publicado em Diário da República, número que corresponde a 38% da lotação máxima do Autódromo de Portimão.
“O movimento não consegue compreender os critérios utilizados em Portugal para uma percentagem de permissão de público tão díspar entre o futebol e a categoria maior do automobilismo. Neste sentido, ficam algumas questões às autoridades políticas e de saúde, como qual a justificação sanitária para validar essa decisão e que bases se justificam uma diferença de 23% a mais”, disse.
Esta iniciativa, que conta com o apoio de todos os clubes da II Liga, alguns da I Liga e personalidades ligadas ao futebol como Jorge Jesus, Sérgio Conceição e Pedro Proença, lamentou ainda que apenas sejam permitidos adeptos em jogos europeus, com FC Porto, Benfica e Sporting de Braga, e nos encontros da seleção nacional.
As restrições no acesso de adeptos às competições desportivas decorrem da pandemia de covid-19.
Portugal contabiliza pelo menos 2.213 mortos associados à covid-19 em 103.736 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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