"É importante sabermos com quem estamos a jogar, e respeitamos muito uma das melhores equipas do Mundo, mas sabemos da nossa qualidade, do nosso valor, é por isso que aqui estamos. Preparámo-nos da melhor forma para nos batermos contra os Países Baixos", garantiu a jogadora do Benfica, de 28 anos.
No hotel onde a seleção lusa está instalada em Auckland, longe do centro da cidade, onde ocorreu um tiroteio que já fez três vítimas mortais, a internacional portuguesa não encontra defeitos nas neerlandesas, que “têm uma seleção muito completa”.
“Desde a defesa ao ataque, têm jogadoras experientes, com muita qualidade, a jogarem nas melhores equipas do Mundo. Portanto, não posso frisar só uma jogadora. Naturalmente, há as referências, as chamadas estrelas, mas não consigo dizer só uma, porque elas têm um coletivo incrível”, explicou.
Face a um conjunto com uma grande dinâmica, que será difícil de travar, Portugal tem de responder com coesão e estar focado, o que já acontece, a três dias de distância.
“Não diria ansiedade, diria muita vontade. Têm sido muitos dias, já passou um mês [desde o início do estágio, em Portugal]. E uma vez que a competição está mais próxima, a vontade está ainda mais aguçada. Faltam alguns dias, mas estamos preparadíssimas para o primeiro desafio e aquilo que nós queremos mesmo é competir e jogar o nosso primeiro jogo”, afirmou.
O Mundial2023 arranca hoje e é grande a felicidade por Portugal fazer parte: “Estar aqui é algo que me deixa muito feliz. (...) Estou com muita vontade, muito feliz, no momento mais alto das nossas carreiras, porque estamos num Mundial, estamos a representar o nosso país, e isso é o mais importante”.
Jéssica Silva é um dos ‘rostos’ de Portugal, ela que já foi campeã da Europa pelo Lyon e conta 102 internacionalizações ‘AA’, desde a estreia, em 19 de novembro de 2011, para um total de 16 golos, incluindo o primeiro ‘bis’, recente, à Ucrânia (2-0).
“Ser a referência de Portugal? Não é um peso. Consigo sentir algumas expectativas, mas é algo que encaro com muita naturalidade. O mais importante é estar no meu melhor nível, para poder ajudar Portugal, para poder assistir as minhas colegas, para poder defender, para conseguir estar disponível para jogar. Eu quero é estar no meu melhor, para ajudar Portugal a estar no seu melhor também”, garantiu.
A formação das ‘quinas’ vai jogar na Nova Zelândia, muito longe de Portugal, mas o carinho chega ao outro lado do mundo.
“Sentimo-nos muito felizes, que não é o futebol feminino que está a jogar, é Portugal. Deixa-nos com algum conforto, felizes, orgulhosas porque sentimos que as pessoas estão à volta desta atmosfera”, disse.
E prosseguiu: “Não dá para banalizar este apoio, toda esta onda de mensagens, de força, de sentir que as pessoas estão mesmo com um sentimento comum: 'olha, a seleção feminina está no Mundial, vamos acordar cedo’. Temos recebido mensagens de toda a gente e isso deixa-nos muito felizes, dá-nos uma motivação extra e nós agradecemos todo esse apoio".
A formação das ‘quinas’ defronta as neerlandesas, as vice-campeãs mundiais em título, no domingo, pelas 19:30 locais (8:30 em Lisboa), em Dunedin, em encontro da jornada inaugural do Grupo E.
Depois do embate com os Países Baixos, Portugal enfrenta o também estreante Vietname, em Hamilton, em 27 de julho, pelas 19:30 locais (8:30 em Lisboa), fechando o Grupo E face aos Estados Unidos, as vencedoras dos últimos dois Mundiais, em Auckland, em 01 de agosto, pelas 19:00 locais (8:00).
A prova arranca hoje, pelas 19:00 locais (8:00 em Lisboa), com o jogo entre a anfitriã Nova Zelândia e a Noruega, que se defrontam no Eden Park, em Auckland, em embate da ronda inaugural do Grupo A.
A nona edição do Mundial feminino de futebol realiza-se de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.
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