Sofrendo com a exibição ‘assim-assim' da equipa portuguesa e com a chuva, que foi caindo levemente durante 90 minutos, os fãs da equipa das ‘quinas' só se alegraram com o único golo da partida e com o apito final que confirmou a vitória.
"Ser português é mesmo assim, é sempre a sofrer até à última. Foi mais importante o resultado que a exibição em si. O que interessa é que vamos até à final sempre assim, sempre a sofrer. É tudo nosso este ano. Venha quem vier, ninguém nos para", afirmou um entusiasmado adepto, no final do encontro, à reportagem da agência Lusa.
Outra adepta reconheceu que a seleção podia ter jogado melhor: "[O resultado] foi mais ou menos, da exibição [gostei] muito menos. Com bastante sofrimento e Marrocos jogou muito bem e dificultou", referiu.
"Sofri muito, mas Portugal ganhou, podia ter jogado melhor. São três pontos, é o que interessa", salientou um jovem adepto de Portugal, assumindo como lema o habitual o pragmatismo da equipa de Fernando Santos.
Nem a chuva que foi caindo ao longo da manhã demoveu os milhares de adeptos de se deslocarem à ‘fanzone' instalada no jardim Manuel Bivar, o local habitual de convívio em grandes eventos na capital algarvia.
Antes da partida, João Neves esperava um jogo "muito mais tranquilo" do que contra a Espanha e antecipava uma vitória clara por 3-0, enquanto uma criança prognosticava um 5-0, com cinco golos marcados pelo seu ídolo, Cristiano Ronaldo, mas nenhum se concretizou.
O espírito de confiança na vitória entre os adeptos ouvidos pela reportagem da agência Lusa também se espalhava por uma turista holandesa, que em férias decidiu apoiar a seleção portuguesa vestida a rigor.
"Como a Holanda não está a jogar o Mundial e nós estamos aqui de férias, decidimos apoiar o Cristiano Ronaldo. Espero que Portugal ganhe", disse.
Em pleno horário de trabalho, foram as muitas caras jovens que dominaram a assistência de três mil pessoas na ‘fanzone' de Faro, mas os momentos de alegria escassearam, além do golo de Cristiano Ronaldo, logo aos quatro minutos.
Face à baixa produtividade da equipa portuguesa, até uma defesa de Rui Patrício, aos 57 minutos, foi celebrada como se de um golo se tratasse, e só nos últimos minutos é que o apoio dos adeptos mais se fez ouvir.
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