“Deveríamos excluir o Irão do Mundial”, afirmou Blatter, absolvido por um tribunal, em julho, por má conduta financeira, numa entrevista ao diário alemão Blick, considerando incompreensível que o atual presidente da FIFA, Gianni Infantino, não se tenha pronunciado sobre o assunto.
O Irão tem sido abalado por protestos generalizados após a morte, no início de setembro, da jovem curda iraniana Masha Amini, três dias após ser presa pela polícia de moralidade, em Teerão, por alegadamente violar o rígido código de vestuário ao utilizar incorretamente o véu islâmico.
Dezenas de pessoas, sobretudo manifestantes, mas também elementos das forças de segurança do país, foram mortas durante as manifestações e centenas, entre as quais várias mulheres, foram presas.
A seleção iraniana marcou presença em quatro dos últimos seis Mundiais de futebol, dois dos quais durante a presidência de Blatter, numa altura em que o país também enfrentava críticas por alegadas violações dos direitos humanos.
No Mundial do Qatar, a seleção iraniana, liderada pelo português Carlos Queiróz, está integrada no Grupo B, juntamente com as seleções da Inglaterra, do País de Gales e dos Estados Unidos.
Há poucos dias, Blatter admitiu que escolher o Qatar para receber o Mundial de futebol de 2022 “foi um erro há 12 anos”, altura em que presidia à FIFA.
“Foi uma má escolha. E eu era responsável por isso como presidente na época”, disse Blatter, que há muito diz que votou nos Estados Unidos, candidatura, entre cinco, que foi derrotada na ronda final de votações pelo Qatar.
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