Herasimenia, de 35 anos, criou em agosto passado a Fundação de Solidariedade Desportiva Bielorrussa (BSSF), durante um movimento de protesto, sem precedentes, contra a reeleição do presidente Alexander Lukashenko.
De acordo com a BSSF, a medalha de ouro conquistada nos Mundiais, disputados na Turquia, na prova dos 50 metros livres rendeu 13.500 euros.
“Quero apoiar todos os bielorrussos, dar-lhes uma confiança total, pois a confiança é uma parte importante do sucesso”, afirmou a antiga campeã mundial, num comunicado divulgado pela fundação, que explica que as autoridades bielorrussas abriram uma investigação contra Aliaksandra Herasimenia, acusada de “ações destinadas a prejudicar a segurança nacional”, e que está refugiada na Lituânia.
Herasimenia, que conquistou medalhas olímpicas nos Jogos Londres2012 e Rio2016 e deixou a alta competição em 2019, pediu ao Comité Olímpico Internacional que proíba o país de participar nos Jogos Tóquio2020.
A Bielorrússia atravessa uma crise política desde as eleições de 09 de agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziram Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, para um novo mandato, com 80% dos votos.
A oposição considera a eleição fraudulenta e reivindica a vitória nas presidenciais.
Desde então, milhares de bielorrussos têm saído regularmente às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko, manifestações reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.
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