Naquele que será o primeiro torneio, desde 2012, sem a presença de João Sousa, que perdeu na primeira ronda da fase de qualificação, Nuno Borges, número um português e 76.º do ranking ATP, volta à terra batida parisiense para disputar o segundo torneio do Grand Slam da temporada, depois de há um ano ter superado o ‘qualifying’ e ter cedido na estreia diante do russo Karen Khachanov, então 25.º colocado mundial.

“Sinto que evoluí como jogador desde o ano passado. É sempre muito bom poder estar nestes torneios e competir nos maiores palcos do mundo do ténis”, começou por avançar o maiato, à Lusa, em vésperas do ‘major’ francês, que decorrerá entre domingo e 11 de junho, dia em que se coroará o sucessor do espanhol Rafael Nadal, ausente por problemas físicos.

Desde então, o tenista do Centro de Alto Rendimento do Jamor, de 26 anos, jogou a jornada inaugural de Wimbledon, tendo sido derrotado pelo norte-americano Mackenzie McDonald, atingiu a segunda ronda do Open dos Estados Unidos, após passar pelo ‘qualifying’, e garantiu o acesso direto ao quadro principal do Open da Austrália no início do ano.

“Gostei muito dos outros torneios do Grand Slam e não considero este o meu favorito, mas traz-me, sem dúvida, grandes memórias, porque foi onde me qualifiquei para o meu primeiro quadro principal e também foi o meu primeiro ‘major’ como profissional”, defendeu.

Apesar da evolução no último ano, de ter conquistado o ‘challenger’ 125 de Monterrey e o ‘challenger’ 175 de Phoenix, e da estreia em torneios Masters 1.000 esta época, em Miami, jogando ainda em Madrid e Roma, Borges diz não sentir “muita diferença” na forma como encara Roland Garros.

“É simplesmente um torneio que quero jogar bem e aproveitar a oportunidade. Sei que, jogando o quadro principal, vou ter encontros mais duros ainda. Se ganhar a primeira ronda já é um objetivo alcançado. Vou encontro a encontro, que aqui é sempre desafiante, principalmente a cinco sets”, rematou o jovem maiato.

Já Francisco Cabral, depois de ter perdido a oportunidade de se estrear há um ano, devido à desistência do seu parceiro dinamarquês Holger Rune, confessa estar “mais entusiasmado do que nervoso” antes de iniciar a prova de pares, desta feita ao lado do brasileiro Rafael Matos.

“No ano passado, estive presente, mas acabei por não jogar e isso dá-me mais vontade de estar e jogar aqui, porque sinto que é onde pertenço e são estes os torneios que quero jogar de uma forma constante. Portanto, tenho de estar preparado para dar o meu melhor e estou, sem dúvida, muito entusiasmado para iniciar este Roland Garros e completar a minha caderneta com os quatro torneios do Grand Slam, embora espere jogar muitos mais anos”, afirmou, em declarações à Lusa.

Apesar de se estrear no pó de tijolo francês, o jovem tenista do Porto, de 26 anos, que ocupa o 57.º lugar no ranking de pares ATP, recusa uma eventual pressão adicional.

“Felizmente, tenho tido a oportunidade de jogar vários torneios do ATP, com jogadores bons e em ambientes de pressão, portanto é mais um torneio. Claro que é um torneio muito importante do Grand Slam, mas não vejo o facto de nunca ter jogado como um peso extra, mas como um desafio, com muita ambição e entusiasmo para, quem sabe, fazermos um grande torneio”, acrescentou.

O melhor jogador português de pares da atualidade, campeão do Estoril Open ao lado do amigo Nuno Borges, em 2022, estabeleceu recentemente parceria com Rafael Matos, 38.º do mundo, com quem vai jogar o terceiro torneio, depois do ‘challenger’ 175 em Bordéus e o ATP 250 de Lyon.

“Somos muito amigos, conhecemo-nos bem, mas somos uma dupla recente e ainda estamos à procura de algumas rotinas e padrões, enquanto parceiros. Completamo-nos bem, gostamos de jogar juntos e ambos acreditamos que podemos fazer coisas muito boas no circuito de pares. É continuar a dar o nosso melhor a cada dia e as coisas vão acabar por acontecer, porque nós temos nível e somos bons jogadores. Às vezes, é preciso dar tempo ao tempo, porque nem todos os resultados são imediatos”, sublinhou Cabral.

Depois de se estrear com Borges, em Wimbledon, de reeditar a dupla no Open dos Estados Unidos, ambos em 2022, e de atuar com João Sousa no Open da Austrália deste ano, Francisco Cabral não terá pela primeira vez a seu lado um parceiro português, embora as ambições sejam as mesmas de sempre.

“É como sempre digo, não gosto de meter limites. Acho que podemos perder com qualquer um, porque todas as duplas são boas, mas também acredito que podemos ganhar a qualquer um, porque temos qualidade e nível para isso. Há que acreditar que podemos ganhar todos os encontros”, frisou o portuense.

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