“Quando vou para um clube, visto a sua pele, incorporo os seus valores, tradições e ideias, mas desta vez é mais simples: esta é a minha pele. O meu ADN é Braga, o futebol positivo que praticamos desde sempre tem muito da minha passagem pelo ADN do Braga desde a minha formação, sempre com o culto de bom futebol, da técnica em relação à força e de tentar ganhar os jogos todos”, disse.
Carlos Carvalhal notou a “diferença avassaladora” desde a sua primeira passagem como treinador no clube, em 2006/07, na qual saiu a meio, e garantiu que o Braga vai “disputar todos os jogos cara a cara, com todos os adversários, em todos os estádios, para vencer”.
O treinador prometeu uma “proposta ousada de jogo”.
“Nós [equipa técnica] sabemos que vamos fazer com que as nossas equipas joguem bem e ganhem. O nosso grande desafio é que os jogadores acreditem na nossa proposta e sigam as nossas ideias, conseguindo isso, o céu é o limite”, disse.
Deixou elogios aos reforços já confirmados, Guilherme Schettine e Iuri Medeiros: “são dois excelentes jogadores, o Schettine é um avançado muito bom, o Iuri é muito criativo, que entra muito bem dentro do nosso plano de jogo, se à sua capacidade colocar dentro dele o querer é sem dúvida um grande reforço”, disse.
Carlos Carvalhal admitiu que é, hoje, um treinador muito diferente daquele que orientou os bracarenses há 14 anos.
“Mau era, com passagens pelo Sporting num contexto muito difícil, no Besiktas, e um dia vou ter que escrever um livro sobre as dificuldades que tive lá, anos extremamente enriquecedores em Inglaterra no campeonato mais difícil do mundo [segundo escalão do futebol inglês], antes dois anos nos Emirados Árabes Unidos que nos fez evoluir muito, e depois o Swansea”, na Premier League.
O técnico de 54 anos disse também ter notado crescimento no “braguismo” da massa associativa e não quis comprometer-se com um objetivo classificativo, definindo antes querer vencer todos os jogos.
“O primeiro grande objetivo é vencer o primeiro jogo do campeonato e o segundo é vencer o seguinte. Não ganhar de qualquer forma, mas a praticar bom futebol O Sporting de Braga vai jogar em qualquer estádio para vencer, essa é a minha promessa”, reforçou.
Revelando agir “muito por impulso e convicção”, Carlos Carvalhal frisou a importância de se sentir desejado.
“Os meus amigos mais chegados disseram que, depois de treinar na Premier League [Swansea City] vir para um clube de média dimensão em Portugal como o Rio Ave, ou era maluco ou tinha uma autoconfiança muito grande. Só quero ir para um clube que me quer e senti um desejo muito grande do Braga de contar comigo”, disse, explicando também assim o ‘não’ ao Flamengo.
António Salvador garantiu que Carlos Carvalhal, “um treinador à imagem do Braga”, foi a sua “primeira e única ideia”.
“Apesar de ele ter outras propostas, como a do Flamengo, nunca me desviei desta ideia. Ele tem uma ideia de jogo identificada com os valores deste clube, jogar bem, valorizar os jogadores e em cada jogo lutar pela vitória”, disse.
O presidente dos minhotos desejou ainda ter a estabilidade no comando técnico que não conseguiu na época que findou, em que teve cinco treinadores.
“Devemos ser o único clube do mundo que vendeu dois treinadores na mesma época”, disse, sobre as saídas de Abel Ferreira para o PAOK, da Grécia, e de Rúben Amorim para o Sporting.
Com uma cláusula de rescisão de 10 milhões de euros, Carlos Carvalhal, vai ter como adjuntos João Mário, Sérgio Ferreira, Orlando Silva, João Meireles (preparador físico) e Eduardo (treinador de guarda-redes).
O regresso ao trabalho para a próxima temporada está marcado para o dia 13 de agosto.
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