Djokovic, a disputar a sua nona final do primeiro torneio do Grand Slam da época, impôs-se ao quarto colocado do ‘ranking’ ATP em três consecutivos ‘sets’, pelos parciais de 7-5, 6-2 e 6-2, em uma hora e 53 minutos.

Numa Rod Laver Arena bem composta com cerca de oito mil pessoas nas bancadas, o sérvio entrou no encontro a pressionar, valendo-se da sua maior experiência em finais do Grand Slam (28) e em Melbourne, e chegou rapidamente ao 3-0 no primeiro ‘set’, provocando a quebra de Medvedev logo no seu primeiro jogo de serviço.

Depois do impacto inicial, com um Djokovic demolidor, o russo conseguiu reagir no quinto jogo e recuperar do ‘break’ de desvantagem (3-2), colocando-se a servir para a igualdade e estabelecendo o equilíbrio na partida.

Forçando o adversário a subir à rede, de quando em vez, o número um mundial, com um jogo muito agressivo, só foi capaz, contudo, de desequilibrar o adversário ao cabo de 42 minutos, quando conseguiu fechar o parcial, no 12.º jogo, por 7-5.

Na segunda partida, apesar de Medvedev ter iniciado com um ‘break’, Djokovic não deu espaço de manobra e de imediato estabeleceu a igualdade no marcador, passando para a frente logo no jogo seguinte do adversário (3-1), que cometeu alguns erros e baixou a percentagem de primeiros serviços.

A liderar e com o ascendente do seu lado, o tenista de Belgrado não concedeu mais oportunidades ao russo, que frustrado partiu a raquete após o 5-2, e encerrou a discussão pelo parcial, quebrando novamente o serviço ao adversário, com um 6-2.

Com dois ‘sets’ a zero, Novak Djokovic assinou novo ‘break’ de entrada sobre Medvedev, por esta altura a cometer muitos erros e a não encontrar soluções para fazer frente ao ténis agressivo e muito intenso do adversário, e rapidamente chegou a uma vantagem confortável (3-0).

Mantendo a distância e a superioridade, durante as longas trocas de bolas, o sérvio confirmou o seu favoritismo com uma bola alta quase de costas junto à rede, encerrando a terceira partida e o encontro, com nova quebra de serviço, ao fixar no marcador novo 6-2.

Depois de erguer o nono troféu em Melbourne, após o primeiro em 2008,e aproximando-se assim dos 20 títulos de Roger Federer e Rafael Nadal, Novak Djokovic, de 33 anos, assegurou ainda um novo recorde, ao manter-se na liderança da hierarquia mundial pela 311.ª semana consecutiva, ultrapassando o registo do suíço de 310 semanas.

Já Daniil Medvedev, que disputou apenas a sua segunda final de um ‘major’, após o Open dos Estados Unidos em 2019, vai ascender à terceira posição do ‘ranking’ ATP, relegando o austríaco Dominc Thiem para o quarto posto.

Djokovic diz viver “história de amor com a Rod Laver Arena”

“Gosto muito do Daniil. É muito boa pessoa e em campo é um dos [adversários] mais difíceis que enfrentei na minha vida. É uma questão de tempo até conquistar um torneio do Grand Slam, mas por favor espera mais uns anos. Gostava que toda a gente desse mérito ao que ele fez nos últimos meses, ao conseguir 20 vitórias consecutivas”, destacou o campeão do ‘major’ dos Antípodas.

Apesar de duas semanas atribuladas, que diz ter vivido em Melbourne, Novak Djokovic, de 33 anos, fez um balanço positivo da sua campanha na 109.ª edição do Open da Austrália, que lhe permitiu ainda assegurar o recorde de 311 semanas na liderança do 'ranking' mundial.

“A nossa história de amor continua. Não foi nada fácil este ano, foi como uma montanha russa. Quero agradecer especialmente ao meu fisioterapeuta [o argentino Ulises Badio], por tudo aquilo que fez”, comentou, referindo-se à recuperação da lesão abdominal contraída na terceira ronda frente ao norte-americano Taylor Fritz.

Ainda antes de Djokovic parabenizar a organização “pelo torneio bem-sucedido e o grande esforço para tornar o Open da Austrália possível”, Daniil Medvedev não hesitou em reconhecer o mérito do sérvio, apesar de confessar que “nunca é fácil falar depois de perder uma final de um torneio do Grand Slam.”

“Mas vou tentar fazer melhor do que em campo. Parabéns ao Novak e à sua equipa. Nove títulos no Open da Austrália é fantástico e provavelmente não será o último. A primeira vez que treinei com ele, eu era 500 do mundo e muito tímido e ele era número um e tinha ganho Wimbledon. Pensei que não ia falar comigo, mas falou como um amigo e fiquei surpreendido, porque nunca mudou, quer eu fosse 600 ou número quatro do mundo. É uma grande pessoa”, recordou o jovem vice-campeão, de 25 anos.

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