Apenas uma dezena de pessoas, entre as quais a romancista Leïla Slimani, o historiador Patrick Boucheron ou a argumentista Fanny Herrero, conhecem o roteiro do espetáculo de quase quatro horas, que terá início às 19:30 locais (18:30 em Lisboa) e que procurará quebrar convenções ao desenrolar-se pela primeira vez ‘fora de portas’.
Entre 6.000 a 7.000 atletas, dos 10.500 que participarão em Paris2024, vão desfilar em 85 barcos no rio Sena, decorados com as cores das suas delegações, desde a ponte de Austerlitz até à Torre Eiffel e ao Trocadéro, ponto final do espetáculo.
No centro da cerimónia de abertura, que marca o arranque oficial dos XXXIII Jogos Olímpicos, estarão monumentos emblemáticos da capital francesa, como Notre-Dame, o museu do Louvre ou o museu d’ Orsay, num espetáculo que unirá o desporto e a arte no ‘coração’ da ‘Cidade Luz’.
Protagonizada por cerca de 3.000 dançarinos, músicos ou comediantes, que tomarão de ‘assalto’ as margens, as pontes e até o céu, esta gigantesca coreografia estender-se-á por seis quilómetros, ao longo dos quais estarão 326.000 espetadores.
Escrita, entre outros, por Leïla Slimani, Patrick Boucheron e Fanny Herrero, a cerimónia dos terceiros Jogos parisienses é o contrário de “uma história heróica”, jogando antes com o humor e os clichés, descreveram os seus autores.
Inspirado na cerimónia imaginada por Jean-Paul Goude para o bicentenário da Revolução Francesa, em 1989, o desfile que abrirá os Jogos Olímpicos desmistifica os estereótipos nacionais, lançando uma mensagem de otimismo, com um cunho indelével de França: a promessa de liberdade.
Na cerimónia de abertura vai estar presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com Portugal representado em Paris2024 por 73 atletas, de 15 modalidades.
Os Jogos Olímpicos decorrem até 11 de agosto, consagrando 329 campeões e distribuindo 1.017 medalhas.
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