“Esta conquista não é normal, é realmente única e muito saborosa”, atirou o técnico português, de 44 anos, na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo que carimbou o 10.º título ucraniano do Shakhtar, que liderou o campeonato desde a segunda jornada.
A formação de Paulo Fonseca, que está a cumprir a primeira temporada da Ucrânia, esteve a vencer por 3-0, com golos do argentino Ferreyra, aos 38 minutos, do brasileiro Ismaily (ex-Sporting de Braga), aos 52, e de Ordets, aos 55.
Já perto do final da partida, o Zorya, terceiro classificado, reduziu por Kharatin, aos 80 minutos, e Sukhotsky, aos 88.
Com este triunfo, o 24.º em 28 jogos no campeonato (somou ainda três empates e uma derrota), o Shakthar passou a ter 17 pontos de vantagem sobre o Dinamo Kiev, segundo classificado, e já não pode ser apanhado pelo emblema da capital, que conquistou os últimos dois campeonatos.
Fonseca fez questão de “homenagear” os jogadores e a equipa técnica depois de “uma época difícil”, agradecendo ainda aos adeptos, a quem dedicou o título, bem como “ao presidente e ao diretor-geral”, por terem “acreditado” em si para substituir Mircea Lucescu, que orientou o clube durante 12 temporadas.
Questionado por um jornalista sobre a atenção portuguesa sobre o feito, destacou as “notícias que têm saído constantemente” sobre os resultados do clube, que demonstra que “em Portugal, estão muito atentos ao Shakhtar”.
O técnico disse ainda sentir-se “muito bem” na Ucrânia, um país de que “se ouve falar muitas vezes de um cenário de guerra e de dificuldade, mas a realidade é bem diferente”.
“Para um estrangeiro que vem para a Ucrânia, posso dizer que tenho sido um felizardo. A forma como fui sempre recebido aqui e sou respeitado, só tenho de agradecer a todos os ucranianos que me acolheram porque me tenho sentido quase em casa”, atirou.
O antigo treinador de Paços de Ferreira, FC Porto e Sporting de Braga, entre outros, destacou ainda o desejo de conquistar a Taça da Ucrânia, cuja final disputa a 17 de maio com o segundo classificado Dínamo Kiev.
“Ainda temos a final da Taça, e vamos preparar-nos o melhor possível. Quem joga no Shakhtar tem de jogar sempre para vencer”, afirmou o técnico.
Em caso de vitória, os ‘mineiros’ podem igualar a equipa da capital como recordista de títulos da taça, com 11 troféus.
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