Falemos, pois, de recordes. Recordes de vitórias. Vejamos quais as equipas que conseguiram, ao longo dos anos, as melhores séries de vitórias na liga inglesa.
Série de 11 vitórias
Com uma série de onze vitórias consecutivas, incluindo equipas que o fizeram numa só época e outras de uma época para a outra, encontram-se o Manchester United 2008-09, onde actuava Cristiano Ronaldo, o Chelsea de 2008-09 e 2009-10 de Guus Hiddink e Carlo Ancelotti, e o Liverpool de 2013-14, cuja série terminou com a famosa escorregadela de Steven Gerrard frente ao Chelsea, episódio esse que viria a acabar com as esperanças de o Liverpool vencer, pela primeira vez na era moderna, a Premier League.
Por último, o Manchester City de 2014-15 e 2015-16 que ,com seis vitórias seguidas no final da época 14-15, e outras cinco no início da época 15-16, conseguiu passar a pertencer a um grupo muito restrito.
Série de 12 vitórias - Manchester United de 1999-00 de 2000-01
Até há pouco tempo, no pódio das séries de vitórias na Premier League, estava o Manchester United de 1999-00 e 2000-01. Tendo conseguido uma série de onze vitórias no final da época 99-00, na qual marcou a módica quantia de trinta e sete golos nesses mesmos onze jogos, os Red Devils viriam a vencer dessa forma o título de campeão com dezoito pontos de diferença para o segundo (na altura, o Arsenal).
Na temporada seguinte o mesmo United conseguiria aumentar a série para doze, juntando às onze da temporada passada uma vitória caseira na primeira jornada frente ao Newcastle, não conseguindo ainda assim bater o Ipswich Town na segunda jornada, levando ao fim da série vitoriosa.
Série de 13 vitórias - Chelsea de 2016-17
Os que chegaram mais perto de quebrar o, até então, recorde do Arsenal foram os pupilos de Antonio Conte na temporada passada. Como se poderá lembrar o leitor, após duas derrotas seguidas no início da temporada frente a Arsenal e Liverpool, o treinador italiano resolveu mudar de estratégia, apostar no seu habitual 3x4x3 e o resultado foi mesmo uma série de vitórias que ficaria para a história.
A consistência defensiva dos Blues — recorde-se que em treze jogos sofreram apenas quatro golos — valeu ao Chelsea a maior série consecutiva de vitórias numa só temporada. Quem parou a turma de Conte? O Natal! Neste caso, o Ano Novo. A dose de jogos natalícios não quebraram a série da equipa londrina, mas a acumulação de cansaço viria a ser pago logo no primeiro jogo de janeiro deste ano, frente a um Tottenham em excelente forma.
Série de 14 vitórias - Arsenal de 2001-02 e 2002-03
Começar bem é importante, mas acabar melhor é ainda mais importante. Após conseguir apenas duas vitórias seguidas no início da temporada 2001-02, o Arsenal acabaria a temporada com uma série de treze vitórias consecutivas.
O feito valeu-lhe o título de campeão e a "proeza" de quebrar da hegemonia do United, para além de constituir um excelente presságio para o que viria a acontecer daí duas épocas, o título invencível de 2003-04, onde apesar de não sofrerem nenhuma derrota, a série vitoriosa mais longa da temporada seria de ‘apenas’ nove jogos.
A consolidação do paradigma
Não é novidade para ninguém que Pep Guardiola colocou em si mesmo a tarefa de mudar o futebol. Se já o tinha feito no Barcelona com os resultados conhecidos, e no Bayern, com um domínio interno absoluto que acabou por contrastar com a falta de feitos internacionais, o espanhol estará, esta temporada, a começar o seu legado britânico. Três ou quatro peças novas na equipa, o reforço do banco de suplentes e pequenas alterações táticas foram o que bastou para o City ir de equipa dominadora mas pouco consistente na temporada passada, à equipa demolidora e muito consistente que temos o prazer de ver todos os fins de semana desde agosto de 2017.
Durante a época passada, dos 14 jogos que o City não conseguiu vencer, 11 foram contra equipas do Top 8. O que significa que contra equipas mais fortes, mais capazes de explorar as suas falhas defensivas, a equipa do espanhol não tinha capacidade de resposta. Tendo isso em conta, o catalão alterou esta época a forma de sair a jogar, deixando de inverter os laterais com tanta regularidade - na inversão dos laterais, estes movimentam-se para o centro do terreno, de forma a dar mais soluções junto à zona do trinco.
Contratou Kyle Walker, Danilo e Benjamin Mendy, adaptou Fabian Delph à posição de lateral esquerdo, e a forma de jogar dos Citizens mudou ligeiramente. Ao invés de trazer os laterais para o centro do terreno, estes ficam nas suas posições de origem e não abandonam a faixa lateral, salvo raras excepções, principalmente no último terço do terreno. Isso tem feito com que o apoio ao ataque por parte dos laterais se mantenha, já que a sua capacidade física lhes permite subir e descer no terreno com grande facilidade, mas ao mesmo tempo que sejam os estes a ajudar o trio defensivo (constituído pelos dois centrais e o trinco), servindo de travão a qualquer tentativa de contra atacar os azuis de Manchester.
Com mudanças simples o Manchester City está a dominar os encontros contra qualquer tipo de adversário. Até onde poderá ir? Acabará a temporada invencível à semelhança do Arsenal de Wenger? Abdicará desse recorde em prol da Liga dos Campeões? Conseguirá Guardiola, finalmente, ter sucesso internacional com uma equipa que não o Barcelona? Todas estas são questões a ter resposta dentro em breve.
Esta semana na Premier League…
E de forma a testar o recorde do Manchester City, temos a recepção do mesmo ao Tottenham. Sábado dia 16, pelas 17:30 podemos então assistir aquele que promete ser o encontro da jornada dezoito do campeonato inglês.
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