O técnico portista renovou contrato até 2024 e o acordo, segundo Pinto da Costa, foi fácil de atingir. O presidente dos ‘dragões’ explicou, na cerimónia de renovação, como aconteceram as conversas.
“Foi a mais fácil para chegar a acordo, porque quando disse ao Sérgio que queria que ele ficasse, tínhamos de decidir o prazo. Um ano entendia que não devia ser, porque daqui a três meses já o colocariam no Qatar, Arábia Saudita ou em Montevideu. Entre dois e três anos, disse que preferia os três anos porque seria até ao fim do mandato, e não seria meu desejo mudar de treinador. A decisão de três anos foi dele, foi a única coisa que demorou mais a pensar”, revelou.
O dirigente esclareceu também as questões financeiras do contrato, garantindo que não houve qualquer exigência do treinador.
“Disseram numa manchete que o Sérgio ia ganhar mais do que o Jorge Jesus. Não sei quanto ganha o Jesus, nem me interessa, mas posso garantir que o Sérgio não renovou por dinheiro. Não vai ganhar nem mais um cêntimo que no contrato anterior. Houve quem falasse em 20 milhões de euros. São mentirosos”, disse.
Pinto da Costa garantiu que Sérgio Conceição sempre lhe disse que “queria ficar no FC Porto, pelo projeto, e que queria ajudar”.
“Quando lhe disse que tinham de ser as mesmas condições, ele não pôs a mínima objeção. Isso faz dele um treinador especial. Tenho a certeza de que vão ser três anos de sucessos”, disse.
Depois, falou diretamente para o técnico: “Numa entrevista recente disse que o meu sonho era ter-te como treinador até ao final do meu mandato. Compreendeste isso, anuíste, fico muito feliz. É uma grande responsabilidade para todos nós. Juntos venceremos”.
“É com uma alegria enorme que hoje selamos este novo contrato. Eu disse há meses que queria que o treinador fosse o meu treinador enquanto eu fosse presidente. Até ao dia de ontem, até cinco minutos antes de ser anunciado no Porto Canal, estavam a dar nas televisões que a continuidade do Sérgio estava muito difícil”, disse, ‘contestando’ alegada desinformação.
Pinto da Costa prosseguiu na mesma linha: “Foi bom que não tivéssemos assinado já, porque, assim, o Sérgio conheceu a Europa. Esteve em Nápoles, Roma, Sevilha, Madrid, para firmar contratos”.
“Este é um momento de enorme felicidade para nós os dois. Quando tomaste posse, disseste que vinhas para ensinar, não para aprender, porque eras o treinador do FC Porto. Essas palavras demonstraram a convicção e a certeza de que sabias para o que vinhas, o que queríamos de ti, sabias da situação do FC Porto e do que precisávamos”, lembrou.
A rematar, falou de um percurso muito positivo até agora: “Foram quatro anos de êxitos, com alguns percalços, inevitáveis para qualquer um, mas foram quatro anos que justificam plenamente a tua continuidade”.
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