A bandeira portuguesa começou a fazer parte dos pódios logo ao segundo dia de competição quando a triatleta Melanie Santos ganhou o ouro no ‘sprint’ com o tempo 1:04.52 horas, numa prova que decorreu no circuito urbano de Altafulla, a cerca de 20 quilómetros da cidade espanhola de Tarragona, epicentro dos Jogos do Mediterrâneo.
E a subida ao pódio com ‘metal’ dourado voltou a repetir-se cerca de uma hora e meia depois quando o triatleta João Pereira, atleta que no ano passado venceu três títulos europeus, dois por Portugal em sprint e na distância olímpica e um pelo Benfica na vertente de equipas, demorou 10.10 minutos a nadar (750 metros), 31.14 em bicicleta (20 quilómetros) e 15.15 minutos a correr as duas voltas num total de cinco quilómetros, fazendo o resultado final 57.28 minutos.
No mesmo dia, a delegação portuguesa arrecadou ainda dois bronzes, primeiro pelo atirador João Costa que ficou em terceiro no tiro com pistola de ar comprimido 10 metros, ao fazer 217,0 pontos, seguindo-se o nadador Alexis Santos, que ficou em terceiro nos 200 metros estilos, com o tempo de 2.00,83 minutos.
Ao terceiro dia de competição, um domingo de manhã no Canal Olímpico da Catalunha, a cerca de 20 quilómetros de Barcelona, a canoagem portuguesa arrecadou três medalhas, elevando para 11 o número de troféus conquistados por esta modalidade nesta temporada desportiva ao ponto mesmo do treinador nacional, Hélio Lucas, brincar: “Podemos dispensar uma [medalha] a cada um dos jogadores da seleção [de futebol que disputa o Mundial na Rússia] para lhes dar um bocadinho de motivação”.
Isto depois de Joana Vasconcelos e Fernando Pimenta, em K1 500, terem conquistado a prata e Teresa Portela o bronze em K1 200 e antes de João Vital ter subido ao terceiro lugar do pódio nos 400 metros estilos.
Estavam decorridos três dias de Jogos do Mediterrâneo de um total de 10 em competição, estando perto a despedida da natação – modalidade que ao quarto dia ainda somou mais duas medalhas, a prata de Ana Catarina Monteiro nos 200 metros mariposa e o bronze de Diana Durães nos 400 metros livres – e a hora de dar o tiro de partida a outras modalidades, entre elas o ciclismo, que conquistou duas medalhas, e a ?rainha’, o atletismo, que arrecadou três.
Nuns jogos marcados por várias faltas de última hora, com destaque para a ausência de da judoca Telma Monteiro, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio2016, que esteve inscrita, mas não chegou a competir em Tarragona, ao quinto dia de provas ciclista Rafael Silva conquistou o bronze na prova de fundo, terminando com ao ?sprint’ com o mesmo tempo dois primeiros medalhados, 3:43.50 horas.
Rafael Sousa, que em declarações aos jornalistas como que reivindicou “mais reconhecimento” para os atletas lusos, lembrando que “não são só os futebolistas que representam Portugal”, pedalou 143 quilómetros, mais quatro dezenas em relação à distância para o local de onde surgiu o terceiro e último ouro português nestes jogos.
A equipa de hipismo portuguesa, composta por António Matos Almeida, Duarte Seabra, Luís Sabino Gonçalves e Rodrigo Almeida, que venceu no desempate com a França, celebrou o ?metal’ maior da competição no Royal Polo Club, em Barcelona.
Quinta-feira, sexto dia de provas: Anri Egutidze, judoca batural da Geórgia que representa Portugal e teve na bancada o pai que atualmente vive em Espanha, conquista o bronze na categoria de -81 kg e, no mesmo dia Liliana Cá conquista a primeira medalha lusa no atletismo ao ficar em segundo no lançamento do disco.
Sétimo dia de provas, sexta-feira: a vez do taekwondo brilhar com Rui Bragança (-58kg) de prata e Júlio Ferreira (-80kg) de bronze, da judoca Patrícia Sampaio (-78kg) também conseguir a terceira posição, a mesma que a surpresa dos Jogos conseguiu – a equipa feminina de basquetebol 3×3 subiu ao pódio depois de vencer a Sérvia por renhidos 21-20.
Neste dia, a delegação portuguesa veria ainda a recordista portuguesa e atual campeã europeia Patrícia Mamona, atleta que regressou à competição internacional após sete meses de paragem por lesão, em Tarragona, terminar a prova do triplo salto no sexto lugar com a marca 13,79 metros, a sua melhor da temporada.
O dia acabaria em tons prateados, mas com sabor a ouro, graças ao segundo lugar nos 5.000 metros de Inês Monteiro, atleta que fez seis cirurgias aos joelhos e à qual disseram estar “morta para o atletismo”, mas em Tarragona conquistou a sua primeira medalha internacional após uma paragem de seis anos.
A participação de Portugal nos Jogos do Mediterrâneo encerrou hoje com cinco medalhas, as pratas de Domingos Gonçalves no contrarrelógio e de Pedro Fraga no remo (LM1x), bem como os bronzes dos irmãos Afonso e Dinis Costa (LM2x), equipa masculina estafetas 4×100 e ténis de mesa equipas.
A comitiva portuguesa está representada por 232 atletas, em 29 modalidades, num evento com 26 países.
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