Se nos lugares da frente já não haverá muita emoção, e onde o Chelsea já há muito terá colocado um ponto final na corrida ao primeiro lugar, lá para trás a história é outra. Tendo nós, portugueses, um compatriota ao comando de um dos candidatos a carimbar a descida de divisão (Hull City), estaremos com especial atenção à reta final da liga.
Depois de ultrapassada a fase mais pesada, no que a adversários diz respeito, situação analisada em janeiro passado, o que tem Marco Silva pela frente nesta fase final do campeonato?
Em que forma estão os últimos classificados da liga?
Infelizmente para Marco Silva, a forma dos seus principais rivais é ligeiramente melhor que a do Hull City. Com Crystal Palace e Leicester City a fazer o pleno com três vitórias nos últimos três jogos da Liga, resta o Swansea City como o principal ‘alvo a abater’ por parte dos Tigres — alcunha pela qual é conhecida a equipa orientada pelo português.
Importa reter que o Hull já não defronta o Swansea até ao final do campeonato. Com uma vitória por 2-1 a 11 de Março, apenas há duas jornadas atrás, Marco Silva fez o que lhe competia e garantiu uma posição que lhe permite agora lutar pela décima sétima posição da liga e, consequentemente, a manutenção.
Com uma forma muito semelhante à do Hull City, nas últimas cinco partidas, o Swansea tem ganho pontos em casa e deixado fugir todos os pontos em disputa longe do Liberty Stadium, estádio onde joga a equipa do País de Gales. Assim sendo, espera-se extremamente renhida a luta pela manutenção entre ambos.
As nove jornadas que faltam jogar.
Com algumas equipas com jogos em atraso, Swansea e Hull City têm o mesmo número de jogos disputados, o que os coloca ainda mais par-a-par na corrida pela manutenção. Ambos vão ter ainda que defrontar dois dos primeiros seis classificados da Liga, mas com o Swansea a ter como desafio extra a receção ao Everton, cujo favoritismo é semelhante ao dos seis primeiros classificados.
Por último, os jogos em casa. Se o Hull, em cinco jogos, recebe apenas um ‘grande’, o Tottenham, o Swansea recebe dois ‘grandes’, mais dois, ou seja, recebe o Everton e o Tottenham, e também o WBA e o Stoke, oitavo e nono classificados, respectivamente, da liga. Dos quinze pontos em disputa ‘dentro de portas’, o Hull leva uma pequena vantagem recebendo clubes teoricamente mais acessíveis. ‘Fora de portas’ as contas estão mais ou menos equilibradas.
Os pontos que poderão salvar o Hull City da descida.
De hoje a uma semana poder-se-á saber se o Hull City ainda está na corrida para se manter na Premier League ou se, por outro lado, tem as suas hipóteses hipotecadas.
Com dois jogos em casa de extrema importância, o primeiro contra o West Ham (o mesmo tempo que o Swansea recebe o Middlesborough) e o segundo contra o próprio Middlesborough, esta dupla jornada é decisiva para o Hull City que, se se quiser manter na corrida, terá de contabilizar, no mínimo, quatro pontos nestes dois jogos. A tarefa não se afigura fácil para Marco Silva. Mas, caso consiga, prevê-se uma ligeira vantagem do clube comandado pelo português na abordagem às últimas sete jornadas da Liga.
Depois desta decisiva semana, mais duas vitórias e um empate fora de casa poderão colocar o Hull na Premier League 2017/18. Com 4 pontos esta semana, a somar aos 7 eventualmente amealhados nas últimas sete jornadas, os Tigres contabilizariam um total de 35 pontos, o que levaria a que o Swansea tivesse que ganhar 9 pontos nas últimas nove jornadas (algo que tendo em conta o calendário, poderá ser muito complicado).
Ainda assim, o futebol é imprevisível e cá estaremos para ver o que acontece.
Assim sendo, como atrativo, durante toda a semana, temos os jogos da luta pela manutenção. Mas não só. Lá por cima — tanto na na tabela como no mapa — joga-se um dérbi que já aqui tivemos o prazer de analisar ao detalhe. Ainda durante o fim de semana, Wenger enfrenta mais um teste, recebendo o City de Guardiola, que espera colocar um ponto final na carreira do treinador ao serviço do clube londrino e manter-se, a ele mesmo, distante do United de Mourinho na luta pelos lugares de acesso à Champions League.
Pedro Carreira é um jovem treinador de futebol que escolheu a terra de sua majestade, Sir. Bobby Robson, para desenvolver as suas qualidades como treinador. Tendo feito toda a sua formação em Inglaterra e tendo passado por clubes como o MK Dons e o Luton Town, o seu sonho é um dia poder vir a treinar na melhor liga do mundo, a Premier League. Até lá, pode sempre acompanhar as suas crónicas, todas as sextas, aqui, no SAPO 24.
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