A Luz engalanou-se para receber aquele que muitos consideravam ser o jogo do título. Com apenas um ponto de vantagem, o clube da Luz recebia o FC Porto na esperança de cavar a vantagem para quatro pontos e deixar o campeonato sentenciado.
E a verdade é que começou bem: logo aos 5 minutos, Jonas caiu na área, Carlos Xistra apitou e o Benfica adiantou-se na frente. O “Pistolas” dava assim uma prenda a si próprio, no dia em que comemorou 33 primaveras. A noite prometia ser de festa para os lados da Luz, sendo que a história também parecia estar do lado dos comandados de Rui Vitória.
Depois do golo, o FC Porto procurou recompor-se mas a verdade é que apenas de bola parada criou perigo junto da baliza de Ederson. Mais: os lances de bola paradas foram o meio primordial para águias e dragões criarem perigo na primeira parte. Brahimi de livre direto e Luisão num cabeceamento que passou pouco acima da barra de Casillas foram os principais exemplos de lances de perigo na primeira metade do jogo da Luz.
Intervalo trouxe dragão renovado, mas só nos primeiros minutos
No reatamento, o FC Porto mostrou-se mais perigoso e a verdade é que chegou rapidamente ao empate: lance de insistência de Brahimi, remate de André André, e a bola acaba por sobrar para Maxi Pereira que, descaído para a esquerda na área benfiquista, remata sem hipóteses para Ederson. Estava feito o empate, estava consumada a traição do uruguaio, antigo jogador do Benfica.
Empate feito, tudo igual no jogo e tudo igual... na frente do campeonato. Com este resultado, faltava saber se alguma das equipas procuraria chegar à vitória ou se, por outro lado, a importância de um jogo como este iria fazer as equipas arriscar pouco. A resposta chegaria minutos depois, com os dragões na expetativa, em busca de contra-ataques venenosos — Ederson chegou a salvar o Benfica com uma decisiva saída aos pés de Soares — e as águias em busca da vitória e com oportunidades para tal. Jonas e Mitroglou acabaram por desperdiçar algumas chances para bater Casillas: umas vezes com felicidade para o clube da Invicta, outras com muito mérito para a forma como o guardião espanhol e a defesa portista souberam fechar a sua baliza.
A jogar em casa, o Benfica procurou a vitória que lhe daria uma vantagem mais confortável na frente do marcador, mas não conseguiu contornar a defesa portista, que fez jus ao estatuto de menos batida do campeonato e fechou a sua baliza até final.
Assim sendo, o clássico deixou tudo igual na tabela classificativa e uma certeza: temos campeonato até ao fim.
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