Peng Shuai enviou, alegadamente, um e-mail ao organismo presidido por Steve Simon para esclarecer que “as notícias do seu desaparecimento, assim como a alegada agressão sexual, não são verdadeiras”.
“Tenho dificuldade em acreditar que Peng Shuai realmente escreveu o e-mail que recebemos. Peng Shuai demonstrou uma coragem incrível ao descrever uma alegada agressão sexual contra um ex-alto funcionário do governo chinês. A WTA e o resto do mundo precisam de uma prova independente e verificável de que ela está segura. Tentei repetidamente entrar em contacto com ela por meio de várias formas de comunicação, sem sucesso”, disse Steve Simon, citado em comunicado.
Na nota, o presidente da Associação de Ténis Feminino considera que Peng Shuai “deve ter permissão para falar livremente, sem coerção ou intimidação de qualquer fonte”, reforçando que “a denúncia de agressão sexual deve ser respeitada, investigada com total transparência e sem censura”.
De acordo com o e-mail divulgado, a jogadora chinesa assegura que “não está insegura” e mantém-se em “casa”, deixando claro que, se a WTA publicar mais notícias a seu respeito, o conteúdo deve ser “verificado consigo e divulgado após o seu consentimento”.
No início de novembro, Peng Shuai, de 35 anos, que já foi líder do ‘ranking’ feminino de pares, acusou nas redes sociais o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli, atualmente com 75, de, há três anos, a ter forçado a ter relações sexuais.
Na mesma publicação, que foi retirada da rede social chinesa Weibo, Peng, que venceu 23 títulos de pares femininos, entre os quais Wimbledon, em 2013, e Roland Garros, em 2014, revelou ter tido relações sexuais com o governante, uns anos antes do incidente, e que na ocasião tinha sentimentos por Zhang Gaoli.
Nas redes sociais, foi lançado um movimento com a pergunta ‘Onde está Peng Shuai’, após as supostas acusações feitas pela tenista, com a comunidade do ténis a salientar que a jogadora está desaparecida há cerca de 10 dias.
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