“Naturalmente que, no contexto em que os Jogos se realizaram [pandemia de covid-19], com as vicissitudes que teve o processo de preparação desportiva, ter alcançado estes resultados enche-nos naturalmente de satisfação e estou certo que este é o sentimento da generalidade dos portugueses que vibraram com este sucesso, que é um sucesso que também cria responsabilidades para o futuro, porque agora ninguém está preparado para ter menos do que aquilo que teve”, considerou.

Em entrevista à agência Lusa, José Manuel Constantino apontou a Paris2024, reconhecendo que nos próximos Jogos Olímpicos “o passo a dar não pode ser mais pequeno do que aquele que se deu nos Jogos de Tóquio”, adiados um ano devido à pandemia de covid-19 e disputados sem público e sob fortes restrições, após um processo de qualificação olímpica fortemente perturbado pelo impacto do novo coronavírus, surgido na China em dezembro de 2019.

Depois das inéditas quatro medalhas conquistadas na capital japonesa — o ouro de Pedro Pablo Pichardo no triplo salto, disciplina em que Patrícia Mamona alcançou a prata, e os bronzes do judoca Jorge Fonseca (nos -100kg) e do canoísta Fernando Pimenta (em K1 1.000 metros) -, dos 11 diplomas, entre os quais o quarto lugar de Auriol Dongmo, no lançamento do peso, e da melhor pontuação de sempre em Jogos Olímpicos (78 pontos, atribuídos aos atletas classificados entre o primeiro e o oitavo lugares, mais 27 do que em Atenas2004), o dirigente insiste que “ninguém está preparado para ter menos” em Paris2024.

Recandidato à presidência do organismo que lidera desde 2013, Constantino eleva, sem constrangimentos, a fasquia para os próximos Jogos.

“Se tivemos um determinado numero de posições de pódio, a expectativa dos portugueses é que não fique aquém. Porque se ficar aquém, isso é entendido como um objetivo não atingido. Nós tivemos quer pelas posições de pódio, quer pelas posições de finalistas, quer pelas posições até ao 16.º lugar, a melhor participação olímpica das diferentes missões desportivas nacionais. Não podemos encarar a participação em Paris tendo como objetivo ficar aquém do alcançado”, insistiu.

E não é só “do ponto de vista dos resultados” que o presidente do COP espera mais da Missão de Portugal, estendendo o propósito de melhoria também à diversificação da representação.

“Precisamos de ter as modalidades que já tivemos, espero que haja outras modalidades que consigam alcançar resultados de apuramento olímpico e que possamos ter uma Missão com mais modalidades, com níveis competitivos mais elevados, e que os resultados finais se traduzam numa melhoria relativamente à situação que alcançámos”, enumerou.

A “carga e a responsabilidade” são grandes, mas José Manuel Constantino, único candidato anunciado às eleições de 10 de março, encara-as como naturais, após a histórica participação em Tóquio2020.

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