No primeiro de vários escândalos no futebol mundial a resultar em julgamento na Suíça, Jérôme Valcke - condenado a 120 dias de multa, com pena suspensa - e Nasser Al-Khelaïfi foram acusados de celebrar um acordo à margem da FIFA, com condições descritas em tribunal como “muito vantajosas”.

Ao fim de dez dias de audiências durante o mês de setembro, o Ministério Público suíço pediu três anos de prisão para Jérôme Valcke, 28 meses para Nasser Al-Khelaïfi e 30 meses para o empresário grego Dinos Deris, que foi absolvido na sexta-feira.

Valcke, de 60 anos, foi acusado de ter solicitado no verão de 2013 a ajuda de Nasser Al-Khelaïfi, de 46, para comprar uma luxuosa moradia na Sardenha, quando a empresa beIN, do presidente do PSG, negociava o prolongamento dos direitos televisivos para o Norte de África e Médio Oriente dos Mundiais de 2026 e 2030.

O ex-secretário-geral da FIFA admitiu ter pedido a ajuda de Nasser Al-Khelaïfi para financiar a Villa Bianca, no valor de cinco milhões de euros, em 2013, pouco antes da celebração do referido contrato de direitos televisivos, mas defendeu que os episódios não estavam relacionados.

Ambos evocaram um arranjo “privado”, garantindo que o negócio nada teve a ver com os direitos televisivos, uma vez que a beIN, a única empresa interessada, pagou uma quantia muito alta, que a FIFA nunca reclamou.

Num segundo processo anexo à mesma audiência, Jérôme Valcke foi condenado a 120 dias de multa, com pena suspensa, por “falsificação”, mas foi absolvido da acusação de “corrupção", após ter recebido 1,25 milhões de euros de Dinos Deris.

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