"Sair do Mundial dói sempre"

“Demorámos muito tempo a entrar no jogo. Os jogadores queriam, mas não conseguiam. Tinham muita vontade, estavam muito confiantes, mas o que é verdade é que não conseguimos explanar todo o nosso jogo. Apesar de termos situações de golo, não conseguimos. Masoos jogadores trabalharam muito. Dói a mesma coisa [sair do Mundial contra uma equipa como Marrocos]. Sair do Mundial dói sempre”, reagiu Fernando Santos, selecionador nacional.

"Estamos tristes, tínhamos qualidade para ganhar o Campeonato do Mundo"

“Estivemos sempre por cima do jogo, sofremos um golo onde não esperávamos. Tenho de dizer isto, porque é mais forte do que eu: É inadmissível um árbitro argentino apitar o nosso jogo, hoje, aqui", começou por dizer Pepe no final do jogo.

"Depois do que se passou ontem, o Messi a falar, toda a Argentina a falar e um árbitro argentino vem e apita. Eu não digo que ele veio condicionado para cá, mas na segunda parte, o que é que jogámos na segunda parte? Não jogámos nada na segunda parte, o guarda-redes deles sempre parado e só deu oito minutos de descontos. Nós trabálhamos muito a sério, num Campeonato do Mundo, e o árbitro dá oito minutos de desconto", continou.

Sobre o jogo: "Não jogámos nada na segunda parte. Nada! A única equipa que queria jogar futebol na segunda parte éramos nos, Portugal. Agora, o que podemos fazer? Estamos tristes, tínhamos qualidade para ganhar o Campeonato do Mundo e, infelizmente, não conseguimos", destacou o defesa luso.

"Uma equipa que deu tudo"

"Uma equipa que deu tudo em campo. Adeptos que nunca se cansaram de puxar pela Seleção, em qualquer parte do mundo. Queríamos todos chegar mais longe, mas vamos continuar juntos a orgulhar Portugal", escreveu a Federação Portuguesa de Futebol numa publicação na rede social Twitter.

"Fizemos o que podíamos ter feito para chegar aos quartos final e não fomos eficazes”

“Quem tem oportunidades e não consegue concretizar, ou porque o guarda-redes adversário era muito bom, ou porque foi à barra, ou porque se falhou, e quem concretiza ganha, chama-se eficácia. E na vida nós temos isso. E aqui Portugal jogou, jogou, jogou e jogou, mas não foi eficaz”, lamentou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas após ter assistido no restaurante Caravela, no Mindelo, ilha de São Vicente, à partida entre Marrocos e Portugal.

“Não marcámos. Portanto, tivemos cinco ou seis oportunidades. Marrocos teve duas, três. Concretizou uma e podia ter concretizado mais uma. Nós tivemos cinco, seis. Podemos ser concretizadas uma ou duas. Mas eu queria agradecer à equipa portuguesa o termos levado até aos quartos de final, as pessoas são muito ingratas e quando se perde não se tem o mesmo entusiasmo que teve no último jogo, queria agradecer, um Presidente português, o que fizeram”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que assistiu à partida ao lado do Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves.

“E queria em especial dar uma palavra ao Cristiano: ninguém sabe o que é o futuro, mas só haverá outro Mundial daqui a quatro anos, com fase final. Pode acontecer que ele, como outros jogadores que já estão há muito tempo, não tenham oportunidade de jogar outra vez numa fase final do Mundial, eu queria agradecer o que fez em muitos mundiais e muitos europeus e a ele e a outros da equipa, o que fizeram por Portugal", sublinhou.

"Desta vez não deu, acho que Marrocos ganhou e mereceu ganhar, porque foi eficaz, mas nós fizemos o que podíamos ter feito para chegar aos quartos final e não fomos eficazes”, acrescentou o Presidente da República.

"Representaram muito bem as cores nacionais"

O presidente da Assembleia da República agradeceu à seleção nacional de futebol por ter representado “muito bem as cores nacionais” no Campeonato do Mundo, após a eliminação de Portugal nos quartos de final do torneio.

“Obrigado seleção de Portugal. Ao longo deste Campeonato do Mundo, representaram muito bem as cores nacionais e fizeram vibrar todo um país. Saímos mais fortes para novos desafios!”, lê-se numa mensagem publicada por Augusto Santos Silva na sua conta oficial da rede social Twitter.

“Sonhámos juntos"

“Sonhámos juntos, agora sofremos juntos. A nossa seleção de Portugal deu, neste Mundial, muitas alegrias aos Portugueses. Estamos entre os melhores do mundo e continuaremos a ser dos melhores do mundo”, escreveu António Costa na sua conta oficial da rede social Twitter.

"Parabéns a todos os jogadores e toda a equipa. Orgulho em Portugal!", acrescentou.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional também assinalou a saída da seleção lusa do Mundial2022 “de cabeça erguida”, após a derrota por 1-0 com Marrocos, nos quartos de final.

“É de cabeça erguida que Portugal se despede do Campeonato do Mundo”, lê-se na página oficial do organismo que tutela as competições profissionais em Portugal na rede social Twitter.

Também o Comité Olímpico de Portugal (COP) demonstrou o seu apreço com os comandados de Fernando Santos, partilhando uma fotografia com a palavra “orgulho”.

“Seleção nacional de futebol terminou a caminhada no Campeonato do Mundo, ao ser travada por Marrocos nos quartos de final”, escreveu o organismo olímpico, no Twitter.

"Fim do sonho"

“Fim do sonho de uma nação. Criaremos outros”, escreveu o FC Porto também no Twitter.

“Pepe, Otávio e Diogo Costa. O nosso mar azul estará cá para vocês”, remataram os ‘dragões’, aludindo aos três jogadores portistas na equipa das ‘quinas’, na mesma publicação.

O Sporting de Braga foi outro clube luso a demonstrar orgulho no percurso da equipa das ‘quinas’ no Qatar.

“Orgulhosos da vossa alma e entrega. Cabeça erguida. Juntos vamos continuar a elevar bem alto o nome de Portugal”, sublinharam os bracarenses, também no Twitter.

A seleção portuguesa de futebol foi hoje eliminada nos quartos de final do campeonato do Mundo de 2022, ao perder com Marrocos, estreante nesta fase, por 1-0, no Estádio Al Thumama, em Doha.

Um golo de Youssef En Nesyri, aos 42 minutos, selou o triunfo dos marroquinos, que se tornaram a primeira seleção africana a atingir as meias-finais de um Mundial, enquanto Portugal não conseguiu repetir as ‘meias’ de 1966 e 2006.