Neuville, vencedor do Rali da Suécia em fevereiro, impôs-se na 52.ª edição do rali português e segurou a vantagem nas cinco últimas especiais, em Fafe, onde o britânico manteve a segunda posição, a 40 segundos do belga, à frente do finlandês Teemu Suninen (Ford Fiesta), terceiro a 47,3.
O vice-campeão do mundo 2013, 2016 e 2017, de 29 anos, que tinha como melhor resultado em Portugal o segundo lugar no ano passado, conquistou o seu oitavo rali, o primeiro de um belga na prova lusa, onde também se estreou a vencer a marca sul-coreana.
A primeira vitória de Neuville no Mundial de ralis remonta a 2014, quanto venceu o Rali da Alemanha, seguindo-se o triunfo na Sardenha em 2016. No ano passado, Neuville foi o mais rápido na Córsega, na Argentina, na Polónia e na Austrália.
Na classificação de pilotos, Neuville subiu ao primeiro lugar com 119 pontos, mais 19 do que o anterior líder, o francês Sébastien Ogier (Ford Fiesta), pentacampeão mundial e da prova portuguesa, que abandonou na sexta-feira e ficou hoje fora dos pontos na 'power stage'.
O Mundial prossegue com o Rali da Sardenha, o sétimo dos 13 do campeonato, entre 7 e 10 de junho.
Armindo Araújo foi o melhor português no regresso ao rali que venceu em 2006
Armindo Araújo (Hyundai i20 R5) foi o melhor português na edição de 2018 do Rali de Portugal, ao terminar hoje a sexta prova do Mundial no 14.º lugar, a 22.35,3 minutos do vencedor, o belga Thierry Neuville (Hyundai i20).
O último piloto luso a vencer o Rali de Portugal, em 2006, quando se sagrou tetracampeão nacional de ralis, assumiu-se "muito satisfeito" com este resultado.
"Estou feliz por ser o melhor português, era o segundo objetivo que tinha para este rali", disse Armindo Araújo, lembrando que "a prioridade era a vitória para o campeonato nacional", conseguida no sábado, e para o qual contavam apenas as 12 primeiras classificativas.
O segundo melhor entre os portugueses foi Miguel Barbosa (Skoda Fabia R5), ao terminar no 17.º posto, a 25.56 minutos do vencedor.
Sem os problemas de motor que o fizeram perder mais de três minutos no sábado, o heptacampeão nacional de todo o terreno foi sempre mais rápido do que Armindo Araújo no último dia do rali, mas sem ameaçar a posição de melhor português do ex-campeão mundial de produção.
A fechar o pódio dos portugueses ficou Diogo Salvi (Skoda Fabia R5), 23º. na geral, a 46.52,1 minutos.
Depois do Rali de Portugal, segue-se a época de asfalto no Nacional, com a quinta prova, o Rali Vidreiro, na Marinha Grande, em 08 e 09 de junho.
Ministro da Economia destaca “resultados fantásticos” na promoção do país
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, destacou hoje, em Fafe, onde assistiu ao último troço do Rali de Portugal, os "resultados fantásticos" da prova em termos de promoção de Portugal em todo o mundo.
"Foi fantástico, imensa gente e [um rali] bem organizado. Eu penso que os resultados desportivos foram muito interessantes, mas os resultados em termos de promoção do país e de atração de pessoas foram igualmente fantásticos", comentou, em declarações à agência Lusa, após a cerimónia do pódio.
Afirmando ter presenciado "uma grande festa do desporto", o governante disse "ser interessante" a quantidade de pessoas que o rali atrai a Fafe e "o entusiasmo que gera".
"Para além de centenas de milhares de pessoas que estiveram aqui presentes, tivemos 65 milhões de espetadores em todo o mundo a assistir a este espetáculo em Portugal, o que significa que estamos a projetar a imagem de Portugal no mundo", reforçou.
Acompanhado por Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), o ministro destacou a importância do salto da Pedra Sentada, um dos mais icónicos do mundial de ralis, há várias décadas, como hoje pôde hoje recordar com a única mulher que venceu a prova portuguesa do mundial de Ralis, na década de oitenta, do século passado.
"É um salto fantástico, estive aqui [hoje] com a Michèle Mouton, que mostrou fotografias do salto no tempo dela, no Audi. Foi fantástico", exclamou, enquanto sinalizava que aquele ponto do troço de Fafe proporciona fotografias que todos os anos correm o mundo.
Miguel Caldeira Cabral também elogiou a estrutura organizativa da prova, constituída por centenas de pessoas: "É fantástico o trabalho dos voluntários, da Câmara de Fafe, de toda a equipa que organizou o Rali de Portugal, que demonstra a capacidade organizativa do país".
À Lusa, o ministro concluiu com a promessa de que o rali é uma aposta para continuar, "porque é um evento que atrai gente de todo o mundo".
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