“Depois do Mundial, todas as hipóteses estiveram em cima da balança. Refleti, refleti com a minha família e depois chegámos à conclusão de que não era altura de atirar a toalha ao chão. Aprendi muito com isso e estou muito contente por regressar. O selecionador diz que conta comigo. Ainda tenho muito para dar, sinto isso e quero isso”, afirmou Cristiano Ronaldo.
O capitão da seleção nacional falava aos jornalistas em conferência de imprensa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, minutos antes do último treino de preparação para o encontro de quinta-feira com o Liechtenstein, no Estádio José Alvalade, que marca o arranque do Grupo J da fase de qualificação para o Euro2024.
“Há um ambiente muito positivo, muito bom na seleção. Os jogadores estão felizes. É um capítulo diferente para todos os jogadores, para o staff e para o país. Sentimos uma energia boa e positiva. É uma lufada de ar fresco”, disse o jogador de 38 anos sobre a entrada de Roberto Martínez para o cargo de selecionador português.
Contudo, Ronaldo negou que a situação com Fernando Santos, o antecessor do técnico espanhol, fosse negativa.
“Não estou a dizer que antes era melhor ou pior. Estou a dizer que na vida, muitas vezes, as mudanças são positivas. Sente-se que há um ar fresco. Há novas ideias, há uma nova mentalidade. Isso nota-se muito. Sente-se a mudança e isso é bom para todos e para o país”, reforçou o jogador do Al Nassr, da Arábia Saudita.
Questionado sobre se ainda pensa disputar novo Europeu (2024) e até novo Mundial (2026), Ronaldo confessou que, devido à idade, nesta altura leva a sua carreira “passo a passo” e sem “planos a longo prazo”.
“Adoro jogar pela seleção. Estou aqui há 20 anos e ao mais alto nível. Sinto-me muito feliz aqui. Enquanto acharem que sou uma mais-valia, darei sempre o meu melhor. É a minha casa. Sinto-me mais preparado como jogador, mas também como ser humano”, confessou.
Frente ao Liechtenstein, caso seja utilizado por Martínez, que fará a sua estreia como selecionador, Ronaldo passa a ser o jogador mais internacional de sempre, com 197 jogos, superando Bader Al-Mutawa, do Kuwait.
“Os recordes são sempre coisas positivas. São a minha motivação. Gosto de bater recordes e esse recorde é especial. Se acontecer, ficarei bastante orgulhoso, mas quero continuar a fazer mais jogos. Não quero ficar por aqui”, disse.
O encontro Portugal-Liechtenstein está agendado para quinta-feira, às 19:45, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, e terá arbitragem do norueguês Espen Eskas.
Três dias depois, Portugal joga a segunda ronda do Grupo J no Luxemburgo. O agrupamento inclui ainda a Islândia, a Eslováquia e a Bósnia-Herzegovina.
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