O ex-número 10 dos ‘encarnados’ foi um dos antigos jogadores que participou no programa, divulgado hoje pela BTV, sobre a história do clube nas competições europeias, incidindo na conquista da Taça dos Campeões Europeus, em 02 de maio de 1962, em Amesterdão, com uma vitória (5-3) diante do poderoso Real Madrid, que tinha nomes como Alfredo Di Stéfano ou Ferenc Puskás.
Além de falar com “vaidade do maior marco da história” do Benfica, faz hoje 58 anos, o antigo internacional português abordou a atualidade do clube lisboeta, em que se insere a recuperação da reputação na Europa.
A prestação na temporada 2017/18, com seis derrotas em seis jogos, tornou o Benfica na pior equipa portuguesa de sempre numa fase de grupos e, nas duas últimas épocas, os ‘encarnados’ apenas conseguiram ‘descer’ à Liga Europa.
“O primeiro passo é recuperar estes anos que não nos correram de feição e voltar a estar em patamares que representam aquilo que é grandeza do nosso clube. Não ficámos satisfeitos e temos de recuperar rapidamente a nossa condição de grande clube de top europeu”, declarou Rui Costa, por vídeochamada.
Atingir novamente uma final da principal prova europeia, o que não acontece desde 1989/90, ainda antes da ‘Champions’, “é extremamente difícil, mas não há impossíveis”, segundo Rui Costa, que defende uma “preparação para atingir um patamar elevado”.
“Inevitavelmente, temos de ter sempre uma participação honrosa nesta competição, na qual não tivemos nos últimos anos, em que as coisas não nos correram nada bem. Mas, temos de nos preparar efetivamente para poder estar num patamar elevando na Liga dos Campeões, independentemente, depois, de chegar a ganhar um dia ou não”, sustentou.
Todos os jogadores que chegam ao clube ficam, desde logo, a conhecer a história do Benfica, de forma a passar a mensagem de que o objetivo também passa por conquistar a Europa.
“Quando qualquer jogador chega ao Benfica, nós podemos dizer, orgulhosa e vaidosamente, que fomos campeões europeus duas vezes, que fizemos finais. Temos de recuar a esse tempo para dar esse exemplo e mostrar o que foi o Benfica e, inevitavelmente, utilizarmos isso para dizer que é aquilo que queremos voltar a fazer no nosso clube, o sonho de todo o benfiquista”, frisou Rui Costa.
O administrador do clube justificou depois que a aposta na formação faz os jogadores “beberam” desde cedo o que é “a equipa principal”, esclarecendo que não se trata só de pensar no “aspeto desportivo, financeiro ou de venda futura”.
“A estratégia de termos muitos jogadores da formação não é só pelo aspeto desportivo, financeiro ou de venda futura, mas com o trazer, para dentro do balneário, pergaminhos do clube que vão aprendendo desde cedo. Tendo esses jogadores com experiência, crença e orgulho pelo clube, torna-se mais fácil transmitir aos restantes”, explicou.
Rui Costa está muito satisfeito com a aposta que o Benfica tem feito na formação.
“Se há uma coisa boa que temos conseguido é fazer com que todos eles [jogadores], ou a grande maioria, tenham um sentimento real pelo clube, e não só profissional. Que se afeiçoem, que consigam perceber o que representa ser jogador do Benfica”, frisou.
Para Rui Costa, o grupo de trabalho do Benfica deve conter “excelentes profissionais de futebol e, de alguma forma, carregados de benfiquismo e paixão pelo clube que estão a representar”.
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