No Mundial, que vai decorrer no Egito, entre 13 e 31 de janeiro de 2021, a Rússia está integrada no Grupo H, juntamente com Eslovénia, Bielorrússia e Coreia do Sul. Contudo, segundo informou o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) à agência noticiosa francesa, a seleção russa terá de competir “sob bandeira neutra”.
A Rússia foi excluída por dois anos das principais competições desportivas mundiais, entre as quais os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021, por incumprimento das regras antidoping, anunciou na quinta-feira o TAS.
A decisão, que também proíbe a participação da Rússia nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, representa metade da sanção proposta pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), que tinha pedido quatro anos de suspensão.
Os atletas russos que nunca tenham sido sancionados por doping poderão, de acordo com a decisão, participar em competições internacionais, mas sob bandeira neutra.
Embora o comunicado do TAS não esclarecesse se a possibilidade de competir sob bandeira neutra se estende aos desportos coletivos, as declarações prestadas pelo organismo à AFP relativamente à seleção de andebol fazem crer que a Rússia está autorizada a participar em provas como o Euro2020 de futebol – adiado para o próximo ano –, mas também sob bandeira neutra.
Os três árbitros nomeados pelo TAS para analisar o caso reconheceram que as consequências do escândalo de doping, com a manipulação de resultados de análises em larga escala, “não são tão grandes” quanto a AMA pretendia.
Para justificar a dimensão da sanção, os árbitros dos TAS explicaram ter tido em consideração “questões de proporcionalidade” e evocaram a necessidade de promover uma “mudança cultural”, encorajando a próxima geração de atletas russos a participar num desporto limpo.
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