“Será sempre difícil jogar contra o Benfica, independentemente das circunstâncias. Tem jogadores de grande qualidade individual e, ultimamente, resultados positivos. Vamos jogar perante o forte apoio do seu público, mas com o mesmo respeito, humildade e concentração da partida em Vizela”, afiançou o técnico, em conferência de imprensa.
O triunfo sobre os vizelenses (1-0) abrilhantou a estreia do sucessor de Lito Vidigal à frente dos vimaranenses, que “acreditam que podem fazer um grande resultado” no Estádio da Luz, onde só ganharam uma das 11 visitas anteriores para o campeonato.
“Ainda ontem [quinta-feira] vimos o Mafra ganhar ao Portimonense [na Taça de Portugal]. É fundamental acreditar e jogar de uma forma ambiciosa, em vez de pensar apenas em parar o adversário. Sabemos que vamos estar maioritariamente a defender e há que ser fortes psicologicamente, mas vamos ter oportunidades para poder fazer golos”, notou.
O Moreirense somou três vitórias e utilizou outros tantos treinadores na primeira metade da prova, que arrancou com uma derrota frente ao Benfica (1-2), tendo Ricardo Sá Pinto associado o “nível de exigência máximo” à dificuldade dos confrontos com os ‘grandes’.
“Para mim, todos os jogos são difíceis. Não há jogos fáceis hoje em dia. Conhecemos a força ofensiva do Benfica, que tem qualidade individual e coletiva, é o melhor ataque da I Liga e a equipa que cria mais oportunidades. Será um jogo exigente a todos os níveis e temos realmente de fazer um grande jogo para alcançar um resultado positivo”, vincou.
Se o guineense Ibrahima Camará já cumpriu castigo, o sérvio Lazar Rosic vai cumprir um jogo de suspensão, enquanto o holandês Godfried Frimpong está lesionado e Sori Mané continua ao serviço da seleção da Guiné-Bissau na Taça das Nações Africanas (CAN).
De Moreira de Cónegos já se despediu Abdu Conté, com Ricardo Sá Pinto a assumir que o “grande jogo” do defesa em Vizela terá acelerado a venda aos franceses do Troyes, mesmo acreditando que “o final da temporada tivesse sido o melhor momento para sair”.
“Era um atleta muito importante para nós, sobretudo na nossa estratégia ofensiva. Não o queríamos vender, mas somos um clube vendedor e precisamos também de estabilidade financeira para cumprir com as obrigações. Nesta altura, não conto, nem podemos, perder mais ninguém, porque todos já somos poucos perante esta tarefa tão difícil”, advertiu.
Desagradado com a “instabilidade na equipa” provocada pela reabertura do mercado de transferências em plena competição, o treinador salienta a necessidade de “saber gerir bem as expectativas” até ao final de janeiro e avaliar a “oportunidade de agregar valor”.
“É uma oportunidade para nos reforçarmos. Por outro lado, quando temos jogadores com qualidade, potencial e talento, que sonham chegar a outro nível, muitas vezes é difícil de gerir, porque começam a chegar propostas de clubes e empresários e certas promessas que não são concretizáveis. Isso cria alguma dor de cabeça e fadiga mental”, concluiu.
O Moreirense, 15.º colocado, com 15 pontos, um acima da zona de despromoção direta, visita o Benfica, terceiro, com 40, no sábado, às 18:00, no Estádio da Luz, em Lisboa, em jogo da 18.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Rui Costa, da associação do Porto.
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