É já no próximo sábado, dia 6 de fevereiro, que começa a ser disputado o torneio das Seis Nações, apesar de terem passado apenas três meses desde que a edição de 2020 ficou concluída, a 31 de outubro, com a vitória da seleção de Inglaterra.
Assim, as nações do mais antigo torneio de râguebi do mundo voltam a enfrentar-se, esperando sempre que não haja necessidade de adiamento de jogos, como ocorreu em 2020.
Situação pandémica à parte, Inglaterra apresenta-se como favorita entre os apostadores para conquistar o quarto título em seis anos sob o comando de Eddie Jones, técnico que impôs na seleção da "rosa" um estilo que alguns acusam de "resultadista", mas que o australiano prefere apelidar de “râguebi efetivo”.
De notar que, para além do triunfo no Seis Nações de 2020, os ingleses conquistaram também o título da primeira Taça de Outono, batendo França na final. Contudo, Eddie Jones já avisou que “se houve algo que desapontou” a seleção inglesa foi “nunca ter conseguido jogar tão bem como queria”.
“Queremos dominar os adversários em toda a extensão do jogo. Nalguns jogos pode ser nas fases estáticas, noutros a jogar nas franjas do ‘ruck’, noutros a jogar ao pé. Trata-se de encontrar o método adequado para cada jogo, aplicá-lo bem e dominar o adversário”, explicou o selecionador dos ingleses.
Pelo contrário, França tem feito as delícias dos seus adeptos (e não só), com a sua jovem e irreverente equipa em crescimento, mas que no ano passado perdeu para os ingleses, precisamente, o Seis Nações e a Taça de Outono.
Com mais pontos marcados (138) e mais ensaios (17) do que todos os adversários no Seis Nações de 2020, os "gauleses" de Fabien Galthié claudicaram apenas na defesa. Não obstante, o treinador-adjunto Raphael Ibañez já mostrou confiança de que a equipa “pode subir um degrau”.
“França tem equipa para lutar por títulos. Não podemos fazer muito mais do que ser ambiciosos e essa é a mensagem que estamos a passar aos jogadores”, frisou Ibañez.
As duas seleções defrontam-se na quarta jornada, a 13 de março, em Londres, num encontro que poderá definir as contas do título.
Quanto aos restantes candidatos, Irlanda volta a "correr por fora", depois de terminar logo atrás de ingleses e gauleses no Seis Nações e na Taça de Outono de 2020. A seu favor joga o facto de receber estes dois rivais nos únicos dois jogos que tem em Dublin nesta edição.
Já o País de Gales, campeão em 2019 com triunfos em todos os jogos (Grand Slam), tem praticado um râguebi mais veloz do que então, sob o comando do neozelandês Wayne Pivac, mas não tem conseguido aliar resultados à qualidade de jogo. Afinal, apenas venceu três das últimas 10 partidas que disputou.
Por sua vez, Escócia e Itália, mais uma vez, devem discutir entre si a "colher de pau", troféu imaginário para o último classificado do torneio. Todavia, é sempre possível uma surpresa, como na quarta jornada da edição de 2020, com a vitória de Escócia sobre França por 28-17.
No entanto, o maior adversário das seleções em competição pode mesmo ser a situação pandémica. Ben Morel, diretor-executivo do torneio, já avisou que, se surgirem novas restrições de combate à covid-19, é possível que alguns jogos tenham de ser adiados.
Calendário do torneio das Seis Nações 2021
1.ª jornada
Itália-França (6 de fevereiro, 14:15)
Inglaterra-Escócia (6 de fevereiro, 16:45)
País de Gales-Irlanda, (7 de fevereiro, 15:00)
2.ª jornada
Inglaterra-Itália (13 de fevereiro, 14:15)
Escócia-País de Gales, (13 de fevereiro, 16:45)
Irlanda-França (14 de fevereiro, 15:00)
3.ª jornada
Itália-Irlanda (27 de fevereiro, 14:15)
País de Gales-Inglaterra, (27 de fevereiro, 16:45)
França-Escócia, (28 de fevereiro, 15:00)
4.ª jornada
Itália-País de Gales (13 de março, 14:15)
Inglaterra-França (13 de março, 16:45)
Escócia-Irlanda, (14 de março, 15:00)
5.ª jornada
Escócia-Itália (20 de março, 14:15)
Irlanda-Inglaterra, (20 de março, 16:45)
França-País de Gales (20 de março, 20:00)
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