"Acho que estes jogos são sempre difíceis. É um dérbi histórico da cidade do Porto. Espero um jogo intenso, disputado de forma leal, dentro e fora do campo. Estamos preparados para assumir a responsabilidade do jogo e para ganhar três importantes pontos na nossa caminhada", referiu, em conferência de imprensa.

O histórico de confrontos na casa dos ‘axadrezados’ dá vantagem aos ‘dragões’, mas, mesmo assim, Sérgio Conceição preferiu não se guiar por esse tipo de dados.

"Não olhamos para estatísticas, mas estamos atentos. Contudo, não é isso que faz com que o FC Porto esteja mais ou menos confiante. Normalmente, quando tenho uma conversa com um jogador e ele diz que precisa jogar para ganhar confiança, digo-lhe que é exatamente o contrário. O jogador precisa de ganhar confiança nos treinos para jogar. Valorizamos o trabalho diário”, afirmou.

Sérgio Conceição diz que “há jogos que não correm tão bem”, porque joga contra bons adversários e não se controlam “algumas adversidades”.

“Controlamos o trabalho diário. O momento é bom até ao próximo momento, ou seja, até ao jogo. Temos de manter este bom momento, é um desafio para todos", lembrou.

Sérgio Conceição preferiu ainda não abordar as notícias sobre uma possível saída de Rui Vitória do Benfica, preferindo salientar que o bom jogo feito pelos ‘dragões’ frente ao Schalke 04 na Liga dos Campeões, que foi menos destacado do que a situação vivida pelas ‘águias’.

Sobre a situação do holandês Bazoer, que está a trabalhar com a equipa B, Sérgio Conceição diz que esta situação é “para ficar dentro” do seio da equipa.

“O Bazoer está de parte, não estará no jogo de amanhã [domingo]. De qualquer das maneiras sabem como é a minha forma de pensar. Quando há algum ato que sai fora dos carris ou do barco, quando estamos todos a remar para o mesmo lado, mas há um que mete o dedo de fora no sentido contrário, e por essa unha o barco vai mais devagar... pode ser o suficiente para perdermos o campeonato no final da época. Não quero isso. Tudo o que seja remar contra a nossa maré, tem vida difícil. Muitas vezes é o próprio grupo de trabalho que pensa assim. Tenho gente verdadeiramente comprometida. Quem não está dessa forma não pode estar no grupo", finalizou.

Treinador do Boavista pede equipa “sem medo” frente ao FC Porto

O treinador do Boavista disse hoje que a sua equipa tem "ir à luta sem medo" no embate com o FC Porto para a 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, no domingo, no Estádio do Bessa.

Jorge Simão destacou que os confrontos entre ‘axadrezados’ e ‘dragões’ têm "uma história ", sendo o "dérbi mais antigo do país" devido à "acérrima rivalidade" que opõe as duas equipas.

"Já estiveram ambas a lutar pelos mesmos objetivos, mas neste momento não estão. Olhamos para a tabela classificativa e vemos diferenças grandes ainda, vemos uma diferença orçamental ainda maior e é um facto que nos encontramos lá para baixo na classificação", assinalou.

Apesar disso, o técnico boavisteira enfatizou que a sua equipa, "nos últimos seis jogos conseguiu três vitórias e dois empates", tendo perdido só com o Sporting, e no Estádio de Alvalade, na oitava jornada da I Liga (3-0), e tem um saldo positivo de 9-4 em golos.

"O que eu espero é uma abordagem deste jogo com muita coragem, porque não temos nada a perder. A palavra forte para este jogo é coragem para defrontar um adversário que neste momento é praticamente invencível quer internamente quer nas competições europeias", salientou Jorge Simão.

O treinador aproveitou o ensejo para felicitar o FC Porto pelo apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, "porque é bom” para o clube ‘azul e branco’, “para a cidade, para o futebol português e, por inerência, para todos os clubes portugueses".

O conjunto portista vai ao Bessa como líder isolado do campeonato e com uma sequência de nove vitórias consecutivas, em todas as competições, ao passo que o Boavista está em zona de despromoção, ocupando o 16.º posto da classificação, com nove pontos.

Jorge Simão concordou que este FC Porto é o mais forte que já defrontou, porque "o momento atual assim o diz, porque nos 13 últimos jogos ganharam 12", e repetiu do que hoje há "diferenças abissais" entre os dois clubes, que "já foram muito menores num passado recente".

Contra isso, prosseguiu, resta ao Boavista apresentar-se com "uma organização fantástica quer nos comportamentos defensivos quer nos ofensivos e coragem para assumir o jogo".

Jorge Simão comentou ainda o facto de a sua equipa ter pagado caro alguns "erros individuais", manifestando-se convicto de que a "tendência é claramente para esses erros se irem dissipando".

O Boavista, continuou, "está a dois, três pontos do meio da tabela classificativa, numa fase ainda inicial do campeonato, e, em cinco meses de época, tem quatro jogos feitos em casa".

Jorge Simão disse que foi ao Estádio do Dragão, na quarta-feira, ver o FC Porto-Schalke 04 (3-1) e saiu de lá com a ideia de que o conjunto portista atravessa um "momento de grande confiança", pelo que o Boavista só tem uma opção, que "é ir à luta sem medo".

O técnico exprimiu a sua convicção de que o avançado Soares será titular no FC Porto, tal como Marega, e acrescentou ter "uma dúvida" quanto ao lateral direito que Sérgio Conceição escalará para este jogo, se Maxi Pereira ou Jesus Corona.

No Boavista, Fábio Espinho estará recuperado do problema físico que o afetou recentemente e é opção para o encontro.

FC Porto e Boavista defrontam-se este domingo, às 20:00 horas, no Estádio do Bessa, numa partida relativa à 11.ª jornada da I Liga de futebol.