Em comunicado emitido após a reunião magna, o Conselho Diretivo dos ‘leões’ frisou que voltará, “oportunamente, a submeter os documentos à Assembleia Geral de sócios” e ponderará “introduzir alterações no orçamento, ajustando-o à realidade entretanto já conhecida desde o início do exercício”.
“A aprovação dos referidos documentos é importante na gestão orçamental diária e na relação com terceiros, nomeadamente com as entidades financiadoras e com o Estado. Como até aqui, tudo faremos para que não existam consequências mais nefastas para o clube neste período por si só já tão difícil. Estamos confiantes e determinados que, apesar de todas as dificuldades, iremos conseguir”, sublinhou o Conselho Diretivo.
Sem possibilidade de discussão das contas, de forma a evitar aglomerações dentro do ‘hall VIP’ do estádio José Alvalade, em Lisboa, onde decorreu a AG, devido à pandemia de covid-19, foram 3.115 os associados sportinguistas que participaram na votação, durante o período em que as urnas estiveram abertas, entre as 14:00 e as 20:00 horas.
Desses, 67,22% manifestaram-se contra o relatório e contas de 2019/20, perante 32,78% que se mostraram favoráveis, enquanto o orçamento para a próxima temporada desportiva foi reprovado com 69,19% de votos contra, enquanto 30,81% dos associados aprovaram o documento.
O relatório de gestão relativo às contas do Sporting na época 2019/20 regista um resultado líquido positivo de cerca de 74 mil euros, após ter verificado lucros a rondar os 141 mil euros na temporada anterior e na ordem dos dois milhões de euros em 2017/18.
O passivo do clube ‘leonino’ teve uma pequena descida, cifrando-se atualmente nos 202,47 milhões de euros (ME), em comparação com os 202,664 ME registados em 2019.
A direção do Sporting, liderada por Frederico Varandas, ressalvou o impacto da pandemia de covid-19 nas contas do clube, tendo provocado uma redução nas receitas, devido à paragem e encerramento de competições, de cerca de 1,432 ME, a qual foi mitigada com a “redução de gastos com pessoal (‘lay-off’ de colaboradores e atletas) e fornecedores” em 1,272 ME.
Para a temporada 2020/21, os sócios do Sporting rejeitaram igualmente a redução do orçamento em 58,73%, para os 36,762 ME, que contrasta com os 89,072 ME disponíveis para o último ano.
Nos pressupostos orçamentais, os responsáveis ‘leoninos’ afirmaram que “seria imprudente e irresponsável efetuar um orçamento que refletisse expectativas anteriores e que não tivesse por base ajustar medidas para garantir o equilíbrio financeiro”, antevendo “quebras de receitas significativas” face ao impacto da pandemia, o que implica “atualizar e rever as metas estabelecidas em orçamentos anteriores”.
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