“É, sem dúvida, um orgulho e uma alegria enorme! Em janeiro, em equipa, delineámos esse objetivo. Sabíamos que ia ser complicado, mas trabalhámos e lutámos muito para o atingir! É muito gratificante”, disse, à agência Lusa, a lisboeta e parceira da argentina Virgínia Riera.

Apesar do Master Final, em Menorca, “ser o objetivo” da temporada, Araújo confessa que “foi muito complicado” alcançar a qualificação juntamente com Riera, sobretudo porque estavam “fora das oito primeiras cabeças de série e, nas primeiras rondas dos torneios,” podiam “defrontar duplas muito fortes”.

“Portanto, acho que é de salientar o mérito que tivemos. Em março, era tudo uma incerteza com a covid-19, mas temos de dar os parabéns ao WPT pelo enorme esforço de concretizar todas as provas que jogámos ao longo do ano. Um ano que tinha tudo para ser atípico e, para mim, foi o melhor ano da minha carreira”, frisa.

Além dos condicionalismos provocados pela pandemia que afetou o WPT ao longo da época, Sofia Araújo testou ainda positivo à covid-19 há cerca de um mês e meio, o que a “impossibilitou de jogar um dos torneios mais importantes do ano”, o Master de Barcelona. Ainda assim, garante, já está recuperada e preparada para disputar a última competição da época, que há um ano contou com a participação de Ana Catarina Nogueira, a primeira portuguesa a jogar o torneio.

“De uma forma geral, não tive muitos sintomas. Dor de cabeça nos primeiros dias e mais tarde perda de paladar e olfato. Quando voltei aos treinos, aí sim, senti-me muito cansada e com dores musculares. Não foi um regresso fácil. Mas, devagarinho, fui recuperando a forma e hoje estou a 100%”, sublinha.

Sofia Araújo estreou-se, em 2016, no WPT e, dois anos depois, atingiu os quartos de final do Challenger de Arroyo de la Encomienda, decidindo investir no circuito internacional a tempo inteiro, em 2019. Atualmente, tem como base de treino Madrid, onde trabalha sob o comando de Gaby Reca.

Este ano, marcou presença nas meias-finais do Madrid Open e nos quartos de final do Estrela Damm Open, Sardenha Open e Menorca Open, conquistando, assim, com a sua parceira, que joga à direita, uma vaga na oitava edição do Master Final.

“Não diria que estamos a fazer uma preparação especial, visto que trabalhámos o ano inteiro para chegarmos até aqui. Foi um ano muito exigente, em que passei a maior parte do tempo em Madrid a treinar, juntamente com a Virgínia, e isso trouxe os seus frutos”, afirmou.

Além de assegurar que o “plano é desfrutar ao máximo do torneio, dar o máximo e lutar por cada bola”, a representante nacional diz que as “expectativas, como sempre, são chegar o mais longe possível”.

“O mais importante é sentir-me bem, divertir-me e aproveitar o máximo este excelente momento que estou a viver”, finaliza Sofia Araújo.