Em comunicado publicado no Facebook, o clube liderado por Bruno de Carvalho confirmou "que foram realizadas, no dia de hoje, buscas nas instalações do Clube, no âmbito de uma investigação que se encontra em segredo de justiça. O Sporting Clube de Portugal confirma ainda que dois colaboradores foram constituídos arguidos."

A Polícia Judiciária (PJ) esteve esta manhã a fazer buscas no Sporting, em Alvalade (Lisboa), relacionadas com “suspeitas de corrupção ativa”.

Em comunicado enviado à redação, a PJ adianta que a operação ‘Cashball’ envolveu 40 elementos e incluiu uma dezena de buscas domiciliárias e num clube desportivo (Sporting). Quatro pessoas foram detidas no âmbito desta operação.

Segundo o jornal Correio da Manhã, os quatro detidos são: Gonçalo Rodrigues, funcionário do clube, e André Geraldes, diretor desportivo do futebol do Sporting, e Paulo Silva, João Gonçalves – que não tem ligações oficial com os 'leões.

O inquérito da operação ‘Cashball’é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto. A TVI acrescenta que estas buscas e o processo em investigação no DIAP do Porto envolve não apenas campeonato de andebol, mas também o de futebol.

No que diz respeito ao andebol, em causa estão alegadas irregularidades cometidas para favorecer os ‘leões’ na época 2016/17, quando conquistou o título de campeão nacional, após 16 anos de jejum.

Na sequência da notícia do Correio da Manhã, a Federação de Andebol de Portugal (FAP) anunciou a denúncia deste caso ao Ministério Público (MP), que já tinha confirmado a existência de "um inquérito relacionado com a matéria" e dirigido pelo MP do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

Segundo o jornal, o alegado esquema de corrupção no andebol envolvia "a compra de equipas de arbitragem, quer para os ‘leões’ ganharem, quer para o FC Porto, com o qual disputaram o campeonato até ao fim, perder" e abrangeu a época de 2016/17.

O Correio da Manhã cita conversas e trocas de mensagens de voz entre empresários, na aplicação da internet WhatsApp, e que segundo o jornal "mostram como André Geraldes, hoje diretor de futebol do Sporting, coordenava toda a batota".

O jornal publica ainda uma entrevista com o empresário Paulo Silva, alegadamente intermediário em todo o esquema, que fala em "fraude nas modalidades", confessa ter alinhado no esquema de corrupção "ao serviço do seu clube do coração [Sporting]" e diz que recebia 350 euros por cada árbitro de andebol que corrompia.

O Sporting abriu entretanto um processo de inquérito ao funcionário do gabinete de apoio ao atleta Gonçalo Rodrigues, que alegadamente está envolvido num esquema.

Fonte oficial avançou à Lusa que “a administração chamou o funcionário Gonçalo Rodrigues, em função das notícias veiculadas hoje pelo Correio da Manhã, sobre o seu alegado envolvimento neste caso, que respondeu que nada tinha feito, estava de consciência absolutamente tranquila”.

“A administração decidiu abrir um processo de inquérito para apurar qual o seu envolvimento no que veio publicado no Correio da Manhã. Na sequência disso, Gonçalo Rodrigues autossuspendeu-se de funções enquanto durar o processo de inquérito”, prosseguiu a mesma fonte ‘leonina’.

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