“Não houve nada do outro mundo [em termos de segurança]. Tivemos apenas mais atenção”, disse Sousa Cintra, durante a 30.ª sessão do julgamento da invasão à academia.

Sousa Cintra, que presidiu ao clube entre 1989 e 1995 e ocupou a presidência da SAD durante dois meses, por nomeação, após a saída de Bruno de Carvalho, explicou que, depois da invasão, reuniu com as claques e disse nunca ter tido qualquer problema com os grupos organizados de adeptos.

“Quando assumi a presidência da SAD falei com as claques, tivemos uma reunião com eles e dissemos: ‘Precisamos da vossa ajuda para que tudo corra bem’. Nunca tive nenhum problema com as claques, nem eu, nem o Torres Pereira [presidente da comissão de gestão]”, disse.

Sousa Cintra referiu que quando foi presidente do clube, na década de 90, sempre teve uma boa relação com as claques e enalteceu o seu papel no apoio à equipa.

“Sempre tive uma boa relação com as claques, nos anos todos que servi o Sporting. Eu entendia que as claques eram indispensáveis para os clubes, davam uma alegria constante ao jogo”, sublinhou.

À entrada para o tribunal, Sousa Cintra assumiu “não conhecer” o arguido Guilherme Gata de Sousa, que o arrolou como testemunha de defesa.

Na sala de audiência, Sousa Cintra classificou a invasão à academia como “a tempestade que se passou em Alcochete” e referiu que a “liberdade [das claques] tem que estar sempre acompanhada da responsabilidade”.

O julgamento, que prossegue à tarde com a audição de testemunhas abonatórias, envolve 44 arguidos, acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

Bruno de Carvalho, à data presidente do clube, ‘Mustafá’, líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados de autoria moral de todos os crimes.

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