Rúben Amorim, que falava em conferência de imprensa de antevisão ao encontro com a equipa da ‘cidade dos cónegos’, quer deixar para segundo plano a vitória (4-1) frente ao Besiktas, e alertou para o perigo dos comandados de João Henriques.
“O Moreirense é uma equipa muito bem trabalhada, que não tem responsabilidades neste jogo. Pode jogar em 3-4-3 e igualar o nosso esquema. Não sabemos ao certo como se vai apresentar. Mas o nosso foco é muito na nossa equipa. O Moreirense tem jogadores rápidos e isso é sempre perigoso quando não se joga com responsabilidades. Vimos de um jogo da Liga dos Campeões, com uma vitória, e agora temos de mudar o ‘chip'”, disse.
Para Rúben Amorim, a possibilidade de êxito potencia-se se o grupo mantiver o foco, tal como aconteceu depois dos desaires europeus com o Ajax (5-1) e Borussia Dortmund (1-0).
“É ter a mesma atitude que tivemos quando tivemos derrotas e derrotas pesadas. Mantemos a mesma crença. Sabemos que é mais perigoso voltar ao campeonato depois de ganhar do que após perder. Alertamos os jogadores, eles estão confiantes, mostram que querem ser opção. Vejo um bom jogo em perspetiva, mas temos de melhorar. Temos um jogo importante para manter a nossa caminhada”, realçou.
Segundo o técnico ‘leonino’, a influência e a importância do regresso, após lesão, de Pedro Gonçalves à equipa é relativa, até porque, relembra, o Sporting tinha já vindo a ganhar esta época sem a presença do melhor marcador da I Liga de 2020/21.
“Temos vindo a ganhar, já tínhamos antes dele regressar. Creio que toda a equipa melhorou. Um jogador não faz uma equipa. A mudança não foi só a entrada de Pedro Gonçalves, que era médio e já fez de avançado. Ele dá-nos bastantes soluções e foi também importante, por exemplo, nas bolas paradas, a bater os cantos. É um jogador de grande qualidade, mas toda a gente melhorou e elevou o nível. Quando os jogadores melhoram, toda a equipa melhora”, defendeu.
Nos próximos oito jogos, de todas as competições (I Liga, Liga dos Campeões, Taça da Liga e Taça de Portugal), o Sporting realiza sete no Estádio de Alvalade. A única deslocação é ao terreno do Paços de Ferreira, para a 11.ª jornada da I Liga, um fator que poderá ser determinante para os objetivos dos ‘leões’.
“Não sabemos que jogo vai fazer falta no fim do campeonato. Apesar dos jogos seguidos não temos viagens e vamos ter o estádio com muita gente. Vamos definir muitas competições. Temos Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga dos Campeões. Serão jogos decisivos. Num clube grande como o Sporting temos de estar de olho aberto”, afirmou.
Em relação a eventuais ausências, como a possibilidade de Feddal, a partir de janeiro, se ausentar para representar a seleção de Marrocos, e a possível contratação do jovem ganês Abdul Fatawu Issahaku, de 17 anos, Amorim foi parco em palavras.
“Não falo sobre a seleção com os jogadores. Se Feddal tiver de ir, vai. Contamos com ele, mas se tiver de ir à seleção, não é problema. Se tivermos de ir à equipa B, iremos. Mas estamos bem salvaguardados para essa posição. Em relação ao mercado, não faço apresentação de jogadores. Quem trata disso é Hugo Viana e a direção. O nosso foco está no jogo com o Moreirense”, concluiu.
O Sporting, terceiro classificado da I Liga, com 20 pontos, em igualdade pontual com o FC Porto, recebe este sábado, às 20:30 horas, o Moreirense, 14.º, com sete, em jogo da nona jornada que será arbitrado por Vítor Ferreira, da AF Braga.
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