As ‘águias’ tiveram boa parte da sua pré-época dedicada à ICC, competição que reúne alguns dos mais conceituados clubes do mundo, na qual o Benfica não teve os adversários mais difíceis e venceu o Chivas (3-0), a Fiorentina (2-1) e o AC Milan (1-0).

Num defeso em que conseguiram a maior transferência da sua história, com a saída de João Félix para o Atlético de Madrid, por 120 milhões de euros, os ‘encarnados’ prepararam a época quase a 100 por cento.

Félix, um ‘agitador’ do ataque ‘encarnado’, deixou de fazer parte nas contas de Bruno Lage, que na pré-época não contou também com André Almeida, a recuperar de uma fratura de stress, e com Gedson, com uma fratura no quinto metatarso.

Depois de uma apresentação ‘morna’ aos sócios no seu primeiro jogo, com uma derrota por 2-1 diante do Anderlecht, no Estádio da Luz, em 10 de julho, o Benfica venceu três dias depois a Académica, antes de viajar para os Estados Unidos.

Em Coimbra, em 13 de julho, as ‘águias’ despediram-se com uma goleada à moda antiga, por 8-0, com Bruno Lage, à semelhança do que fez com o Anderlecht, a fazer rodar muitos jogadores, num 11 ainda pouco definido.

Foi só nos Estados Unidos que o técnico se aproximou mais daquilo que poderão vir a ser as escolhas, embora ainda com algumas incertezas, sobretudo na frente e face à saída da joia João Félix, que foi muito importante na segunda metade da época.

Nos Estados Unidos, com exceção à utilização do guarda-redes Zlobin, e depois Svilar, diante da Fiorentina, o treinador ‘encarnado’ apostou sempre em Vlachodimos, seguido de um quarteto com Nuno Tavares, adaptado à direita, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo, e Florentino, Gabriel, Pizzi e Rafa (ou Caio Lucas).

Apesar da procura ‘oficial’ de um guarda-redes para a época 2019/20, Vlachodimos deu boa resposta nos Estados Unidos e a grande mudança no setor mais recuado foi a adaptação de Nuno Tavares à direita, devido à lesão de André Almeida.

As dúvidas ‘encarnadas’ acontecem, sobretudo, face à saída de João Félix, titular indiscutível com Lage, e que dupla o técnico poderá formar na frente de ataque, se mantiver o modelo da última temporada, com Seferovic e outro jogador.

Rafa e Pizzi continuam a ser as principais opções nas alas, num plantel que se reforçou com Caio Lucas (ex-Al Ain), e também com Chiquinho (ex-Moreirense), e os avançados Raul de Tomás (ex-Rayo Vallecano), Cádis (ex-Vitória de Setúbal) e Carlos Vinicius (ex-Mónaco), contratado mais tarde e que ainda não se estreou.

Também com a saída do goleador brasileiro Jonas, que terminou a carreira, o clube procura ainda quais as melhores soluções para o ataque, que na última época foi o mais concretizador da I Liga, com 103 golos marcados.

Outras saídas foram as do extremo argentino Salvio, para o Boca Juniors, e Krovinovic, emprestado ao West Bromwich, num grupo em que, à semelhança da anterior época, deverá existir margem para a promoção de alguns jovens da formação, como é o caso de Nuno Tavares.

O jogo de domingo, com início marcado para as 20:45 no Estádio Algarve, diante do rival, é o primeiro grande teste à capacidade do novo Benfica, embalado por uma boa pré-época, mas ainda com algumas incógnitas em relação ao seu setor mais ofensivo.