Supertubos, 3.ª etapa do circuito de elite da Liga Mundial de Surf (World Surf League) terminou para os quatro portugueses em prova, mas a língua portuguesa continua a escutar-se na 15.ª edição do MEO Rip Curl PRO, a decorrer em Peniche. Uma audição possível e que continua a animar as ondas e o areal da praia do Oeste, muito por força da armada brasileira liderada por Tatiana Weston-Webb, Ítalo Ferreira, Gabriel Medina e Yago Dora, este último à conta da eliminação do português, Frederico Morais,
Kikas terminou em 17.º na etapa portuguesa do circuito mundial, o mesmo posto em que o wildcard (convidado), Matias Canhoto, jovem surfista local, 16 anos, que conquistou a presença na elite graças à desgraça alheia de Kelly Slater, o 11 campeão do mundo, que lesionado não compareceu pela 15 vez em Peniche.
Na véspera, no Molhe Leste, Franciska Veselko (17.º classificada) e Joaquim Chaves (33.º) já se tinham despedido do evento português do CT, e única paragem europeia.
No regresso do evento ao palco natural, Supertubos, “casa” da etapa portuguesa do Championship Tour (CT), na ronda 32, oitavo heat, Frederico Morais somou 13 pontos, em 20 possíveis e terminou eliminado pelo brasileiro Yago Dora (15,77 pts). Matias Canhoto (7,40 pts), na bateria seguinte a Kikas, não resistiu ao norte- americano Jack Robinson (11,90 pts).
Kikas, o único surfista residente no CT, termina em 17.º, repetindo o resultado alcançado em Pipeline, no Havai, na abertura da temporada (foi 9.º em Sunset, na 2.ª etapa).
“Faz parte do desporto e da profissão que escolhi. Uma pessoa umas vezes ganha, outras perde”, realçou Frederico Morais, que procura retirar a pressão antes de enfrentar a perna australiana (duas etapas, Bells, 26 de março a 5 de abril e Margareth River, 11 a 21 de abril) e respetivo cut (corte) de meio de temporada.
O corte, à 5.º etapa, dividirá os 22 atletas abaixo da tão desejada linha que garante, desde logo a permanência no CT em 2025, e separa os atletas que caem para o Challenger Series e obrigado a lutar pela requalificação.
“A abordagem à perna australiana, é uma abordagem igual. São etapas que gosto e me sinto bem”, assegurou. “Sou um sortudo e estou tranquilo. O que acontecer, acontece, sou feliz na mesma, ganhando ou perdendo é a minha abordagem hoje em dia”, sublinhou. “Tenho outras prioridades na vida”, disparou o surfista de 32 anos, natural de Cascais.
“Às vezes cai para o nosso lado, outras vezes não cai, espero que cai na austrália e conseguir manter-me na segunda metade do ano”, finalizou Frederico Morais que cumpriu a nona presença, em 15 provas em Supertubos.
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