Dois anos depois de ter sido relegado para o Challenger Series (CS), circuito secundário da Liga Mundial de Surf (World Surf League), Frederico Morais volta a ser vítima do corte do meio da temporada do Championship Tour (CT).

A separação, feita à 5.º etapa, descarta, a partir os surfistas (12) situados fora do top-22 do ranking, que ficam, assim, privados de lutar pelo título mundial de surf, competição que culmina nas WSL Finals, em setembro, na Califórnia, EUA.

Kikas, de regresso esta temporada ao circuito de elite da WSL após ter garantido a qualificação há seis meses, no Saquarema Pro, Rio de Janeiro, derradeira paragem do CS, volta a cair para o circuito de (re)qualificação para o CT do próximo ano, modelo instituído precisamente em 2022.

O único surfista português no Tour terminou no 29.º lugar do ranking (7,310 pontos), a sete da continuidade no circuito mundial, exatamente com a mesma pontuação que lhe custou a despromoção a meio da temporada de 2022. Concluiu as quatro etapas (uma das quais é descartada) no 17.º posto e uma em 9.º, em Sunset, no Havai, na segunda paragem do circuito.

Chegado à derradeira etapa antes do corte, no Margaret River Pro, no oeste australiano, Frederico Morais, 32 anos, necessitava de, pelo menos, chegar aos quartos de final para sonhar em garantir uma das 12 vagas ainda em aberto no top-22.

Em Main Break, Kikas (12,83 pontos) foi afastado no duelo com o sul-africano Jordy Smith (13,30 pts), 9.º do ranking e já apurado para a segunda fase da temporada, a luta pelo título mundial de surf.

Aos 32 anos, quarto surfista mais velho no circuito mundial, atrás de Miguel Pupo (32), Jordy Smith (36) e Kelly Slater (52) terá no Challenger Series, que arranca no final do mês, igualmente na Austrália, a hipótese de requalificar-se, outra vez, para o Circuito Mundial de Surf.