O técnico admitiu que a formação vitoriana, sexta classificada do campeonato, com 42 pontos, não esteve bem no desaire perante o Santa Clara (1-0), nos Açores, tendo voltado a revelar dificuldades fora de casa – sete derrotas nessa condição -, mas mostrou-se convicto na reação dos seus jogadores perante a equipa flaviense, 17.ª da prova, com 24 pontos.
"Sabemos que, para conquistar objetivos [Liga Europa], os caminhos são de muita dedicação e de algum sofrimento. [O sofrimento] Deste está a ir um pouco além do que esperávamos. Queremos regressar às boas exibições. Tenho a certeza que a equipa vai dar uma reposta positiva perante a sua massa adepta", disse, na conferência de antevisão à partida marcada para sábado, às 18:00.
Luís Castro considerou que a equipa minhota tem sentido dificuldades para inverter resultados negativos devido à "falta de espaço proporcionado pelas equipas adversárias" em situação de vantagem - a única reviravolta aconteceu no terreno do FC Porto (3-2) - e admitiu que pondera alterar o ‘onze' para o duelo com os transmontanos.
"Sempre que olhamos para um adversário, olhamos de forma diferente daquele que deixámos para trás. Vamos mudando alguma coisa ao longo da época, de jogo para jogo. Ponderar [a mudança], ponderamos sempre. Se o vamos fazer ou não é diferente", disse.
O ‘timoneiro' avisou ainda que o Chaves, agora treinado por José Mota, apresenta "dinâmicas diferentes" das que teve com os dois técnicos anteriores - Daniel Ramos e Tiago Fernandes -, sendo agora uma equipa que aposta nos "corredores laterais" e na "profundidade ofensiva", mas não abdica do jogo interior e tem mais qualidade do que o lugar que ocupa.
O Vitória vai receber o Chaves, mas ainda não sabe se o vai fazer no Estádio D. Afonso Henriques, após a interdição de um jogo aplicada pela FPF na sequência dos artigos pirotécnicos encontrados no recinto, aquando do jogo com o Sporting de Braga, da oitava jornada (1-1).
O treinador afirmou que, durante a semana de trabalho, nem colocou a hipótese de não jogar em Guimarães e considerou que seria uma "desilusão" não contar com o apoio de adeptos que têm sido "extremamente dedicados" e não poder ajudar as vítimas do furacão Idai, em Moçambique - a receita dos bilhetes reverte a favor da causa.
"Queremos ver um estádio cheio, com as pessoas ao lado do sofrimento dos outros. Não é preciso um jogo para as pessoas se colocarem ao lado de quem está em sofrimento, mas à semelhança de outros estádios, o Estádio D. Afonso Henriques prepara-se para encher num jogo de caráter solidário", disse.
Questionado ainda sobre os rumores da imprensa desportiva sobre a possível saída do Vitória no final da época, Luís Castro disse que vai continuar a manter a "atenção máxima" ao seu trabalho diário e que se sente apoiado pela SAD vitoriana.
"Quando eu sentir que as pessoas não estão felizes com o meu trabalho, não é preciso ninguém dizer-me nada. Eu dou o passo [para sair]. Hipocrisias não fazem parte do meu dia a dia. Todos os que me envolvem pensam da mesma maneira. Mas o mais importante é a instituição Vitória", disse.
O Vitória de Guimarães, sexto classificado, com 42 pontos, recebe o Desportivo de Chaves, 17.º, com 24, num jogo marcado para as 18:00 de sábado.
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