Depois da primeira experiência como treinador principal em 2010/11, no Nacional, o madeirense, de 43 anos, passou pelo Marítimo, Desportivo das Aves, Académica, Estoril Praia e Moreirense, na época passada, até chegar ao Vitória, clube, a seu ver, mais exigente do que os anteriores, devido às ‘ambições europeias’ e à massa adepta.
"Não tenho dúvida nenhuma que é o maior desafio da minha carreira, perante os objetivos e a grandeza desta instituição. Sinto que ainda tenho de crescer e aprender, mas estou preparado para agarrar com ‘unhas e dentes' este desafio", disse o treinador, no Estádio D. Afonso Henriques, acompanhado do presidente do clube, Júlio Mendes.
O Vitória vai começar a época em 24 de junho e disputar o primeiro jogo oficial em 24 ou 25 de julho, para a segunda pré-eliminatória da Liga Europa, mas, apesar de a equipa ter um mês de trabalho até à competição, Ivo Vieira reiterou que quer chegar à fase de grupos e, no campeonato, "tentar repetir uma posição de acesso à Liga Europa", depois do quinto lugar obtido em 2018/19.
O sucessor de Luís Castro, treinador que deixou Guimarães para rumar ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, acrescentou que os seus jogadores têm de saber aproveitar a forma "apaixonante" como os adeptos sentem o clube, para se tornarem "mais fortes e competitivos" dentro de campo.
"Os vitorianos vão estar a lutar por nós a cada jogo e a cada dia. Se formos tão apaixonados quanto eles, vai ser um casamento perfeito", antecipou.
Questionado sobre a composição do plantel, Ivo Vieira adiantou que "há matéria com valia" para lutar pelos objetivos e que as entradas têm de ser "criteriosas" - o guarda-redes Jhonatan, seu ‘pupilo’ no Moreirense, em 2018/19, e o médio Blati Touré, ex-Córdoba, de Espanha, são os reforços confirmados.
O novo timoneiro vitoriano prometeu ainda que o seu trabalho e a equipa vão estar imunes ao clima eleitoral que o clube vai atravessar, com as eleições para os órgãos sociais a decorrerem em 20 de julho, depois de a direção de Júlio Mendes ter anunciado a demissão em 27 de maio.
O presidente demissionário do Vitória explicou, aliás, que Ivo Vieira só assinou um contrato válido por uma época, porque "não seria ético comprometer uma futura administração com um contrato mais longo".
Júlio Mendes mostrou-se, no entanto, convicto de que o técnico madeirense vai alcançar os objetivos traçados para a próxima época, por ser um treinador com "grande ambição" e "forte caráter", com condições para fazer um "trabalho de excelência".
Ivo Vieira vai ser acompanhado em Guimarães pelos adjuntos Miguel Romão e Pedro Andrade, que transitam consigo do Moreirense, e ainda por Jorge Silva, Moreno e Vítor Martins, técnicos que já faziam parte da equipa de Luís Castro, na época passada.
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