Bem no centro de Moscovo, de onde ainda saltam à vista o topo dos emblemáticos edifícios que circundam a Praça Vermelha, o Hyundai Motorstudio, espaço de um dos patrocinadores oficiais do Mundial 2018, recebe a exposição The History Makers. Diretamente do museu da FIFA na Suíça, em Zurich, chegaram a Moscovo vários artefactos que querem levar os fãs do desporto-rei a viajar no tempo.
No rés-do-chão, quando entramos na exposição, estamos no presente, com uma montra que exibe os principais equipamentos de todas as seleções que se qualificaram para a fase final do Campeonato do Mundo na Rússia, e com um vídeo que vai alternando entre vários momentos inesquecíveis da competição. É um andar de tributo à paixão e à devoção dos fãs de todo o mundo e do papel que eles tiveram nas várias edições do Mundial, ao fazer dele o maior espetáculo do Mundo. De mensagens de fãs às bolas de todas as edições.
Subimos ao primeiro piso e há um placard que imortaliza Diego Maradona, Pelé e o guarda-redes Lev Yashin. Há também a camisola com que um Maradona de 16 anos jogou no Argentinos Juniors, as chuteiras que Pelé utilizou quando conquistou o primeiro Mundial pelo Brasil e em que várias lendas são colocadas "aos pares" - Maradona com Romário, Paolo Rossi com Platini. Ronaldo com Messi. Pelé com Cruyff, Lev Yashin com Bobby Moore, Puskas sozinho, Vittorio Pozzo com Leónidas.
Nesse mesmo piso, Cristiano Ronaldo aparece junto a Lionel Messi - sempre. Primeiro, com uma camisola e uma braçadeira de capitão autografada e utilizada no Mundial de 2014, no Brasil. Depois, num placard onde o português é acompanhado pela frase: “Eu vejo-me como o melhor futebolista do Mundo. Se não acreditas que és o melhor, então nunca vais conseguir aquilo de que realmente és capaz”.
No entanto, o grande destaque da exposição vai para o troféu Jules Rimet, que pela primeira vez saiu do museu da Suíça. O troféu original do Mundial, a desejada "Copa", foi criado pelo escultor francês Abel Lafleur para a primeira edição do torneio, no Uruguai, em 1930. Em 1946 passou a ser chamado Jules Rimet, e assim permaneceu durante nove edições do Mundial.
Jules Rimet foi um dos principais impulsionadores da criação de um Mundial de futebol, tendo também sido presidente da FIFA e da Federação Francesa de Futebol.
Contudo, de entre os vários objetos, de camisolas a braçadeiras de capitão, passando por placards com fotos e frases emblemáticas de alguns dos melhores jogadores da história, não encontramos nem Eusébio - melhor marcador do Mundial de 1966 com 9 golos e Bola de Ouro em 1965 - nem Luís Figo - Bola de Ouro em 2000.
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