Esta foi a vontade demonstrada pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ao explicar a conversa que teve durante a noite com os outros líderes do G7, sustentadas, nessa ocasião, por testemunhos e garantias de outros ministros do executivo nipónico.
Em declarações aos jornalistas, Abe disse que teve a aprovação dos outros líderes do G7 para a realização da competição olímpica de “uma forma completa”, considerando que isso vai permitir ao mundo “superar” o impacto da pandemia de Covid-19.
O chefe do governo não precisou a que se referia ao utilizar a expressão “uma forma completa”, mas a ministra para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Seiko Hashimoto, esclareceu que aludia às datas previstas e à abertura ao público das competições desportivas.
“É correto, é o nosso objetivo”, afirmou Hashimoto.
Estas declarações ocorrem cinco dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter lamentado que os Jogos fossem disputados “com os estádios vazios”, sugerindo o adiamento por um ano.
No entanto, Abe disse que um possível adiamento não foi abordado na reunião.
“O governo vai trabalhar em conjunto com o Comité Olímpico Internacional [COI], o comité organizador e [as autoridades de] Tóquio, com o objetivo de que os Jogos se realizem como se realizaram anteriormente”, atestou o porta-voz do governo japonês Yoshihide Suga.
O COI mantém o calendário previsto, apesar de ter assinalado recentemente a estreita colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para seguir as recomendações necessárias face à pandemia de Covid-19.
A tocha olímpica tem chegada prevista para sexta-feira ao Japão, onde vai iniciar o percurso no país em 26 de março, a partir do edifício da prefeitura de Fukushima.
As partidas e as chegadas de cada uma das 47 etapas vão ser feitas sem público, a fim de evitar os contágios com o novo coronavírus, tendo as receções à chama nos municípios sido anuladas.
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