“Temos de ultrapassar o debate sobre se o evento vai realizar-se ou não. A questão é saber-se como o vamos organizar”, acrescentou Mori durante uma reunião entre o comité organizador e os responsáveis do Partido Liberal Democrata (PLD), no poder no Japão.
As declarações de Mori, a menos de seis meses do início dos Jogos Olímpicos, são conhecidas numa altura em que o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou o prolongamento por um mês do estado de urgência, para evitar a propagação da pandemia.
“Nesta altura temos de refletir sobre um novo tipo de Jogos Olímpicos” acrescentou Mori, numa altura em que os organizadores japoneses exprimiram vontade em “fazer dos Jogos Olímpicos de Tóquio um ‘modelo’ para as edições futuras”.
As restrições vigoram desde o princípio do ano, sendo que Tóquio é a cidade mais afetada do país.
O endurecimento das condições de acesso ao Japão, para não residentes, já obrigou ao cancelamento de vários eventos desportivos, incluindo provas de natação sincronizadas que servem de qualificação olímpica e que foram adiadas para o início de maio, estando inicialmente agendadas para março.
O ato simbólico de acender a chama olímpica continua marcado para o dia 25 de março.
Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio devem apresentar na quarta-feira os detalhes sobre as contramedidas face à pandemia. As decisões mais difíceis prendem-se com o número de espetadores.
A opinião pública japonesa mostra-se contra a realização dos Jogos Olímpicos este ano porque receiam o agravamento da situação sanitária, de acordo com as sondagens mais recentes.
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