Esta medida está contemplada na proposta de protocolo de segurança sanitária para a chegada dos atletas olímpicos ao Japão e sua permanência durante o evento, a decorrer de 23 de julho a 08 de agosto, que será agora discutida com o Comité Olímpico Internacional (COI) e federações.

Os atletas não serão obrigados a cumprir o período de isolamento de 14 dias atualmente imposto a pessoas que chegam ao Japão de uma ampla lista de países estrangeiros, embora tenham de se submeter a testes constantes e terão seus movimentos limitados para evitar o contacto com os cidadãos locais.

“Os atletas têm de ser protegidos e se entrarem em contacto com o público podem infetar-se. Temos também de proteger os cidadãos de possíveis infeções”, explicou o diretor executivo da comissão organizadora, Toshiro Muto, na apresentação do protocolo de segurança sanitária.

O protocolo para atletas e equipas técnicas exigirá que estes façam um teste para o novo coronavírus 72 horas antes de viajar para o Japão e tenham um atestado médico com resultado negativo, ao qual uma segunda análise será adicionada na chegada ao território nipónico.

Os atletas só se podem deslocar entre o aeroporto, os locais de alojamento (os sítios que vão acolher as equipas olímpicas antes dos Jogos e a Aldeia Olímpica de Tóquio durante a competição) e as instalações desportivas, para treinos e provas.

Os anfitriões também planeiam submeter os atletas a testes adicionais na chegada às suas acomodações, durante a permanência e antes das competições, de acordo com as diretrizes de cada federação internacional, de acordo com o projeto de plano Tóquio2020.

A deslocação dos atletas será realizada em veículos especiais habilitados pela organização, que também solicitará aos participantes que relatem periodicamente o seu estado de saúde e registem a sua localização a todo o momento num aplicativo móvel para detetar possíveis cadeias de infeção.

Os atletas não poderão, em princípio, usar o transporte público, exceto se esta for a única maneira de se locomoverem entre as suas acomodações e os locais das competições fora de Tóquio.

Todas as medidas devem agora ser acertadas com o COI e as federações internacionais, segundo Toshiro Muto, que também confia em “poder contar com o apoio” de todas as partes para poder fechar o protocolo de segurança para os atletas até ao final do ano.

Aspetos como o tipo de teste a ser utilizado e os padrões de eficácia dos mesmos ainda não estão definidos, pois variam muito dependendo de cada país, segundo o diretor executivo de Tóquio2020.

Posteriormente, os organizadores também irão propor protocolos de segurança sanitária para os voluntários, pessoal médico e outros que possam estar em contacto com os atletas, bem como para jornalistas, representantes de federações desportivas e comités nacionais.